Virginie Viard deixa o cargo de diretora criativa da Chanel!
Foi anunciado na noite da última quarta feira, 05 de Junho, uma notícia que chocou a todos no mundo da moda: a estilista Virginie Viard irá deixar seu cargo de diretora criativa da Chanel após cinco anos nele e quase três décadas trabalhando na maison francesa.
A notícia foi noticiada primeiramente pela Vogue Business, que reportou com exclusividade. Confira abaixo mais detalhes sobre a saída de Viard da casa de moda e uma breve trajetória da estilista dentro de uma das principais marcas de luxo da indústria da moda.
Virginie Viard deixa a Chanel
Após 30 anos, incluindo os últimos cinco como diretora artística, Virginie Viard está deixando a Chanel. A casa confirmou sua saída para a Vogue Business na última quarta-feira, 05 de Junho.
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“A Chanel confirma a saída de Virginie Viard após uma rica colaboração de cinco anos como diretora artística de coleções de moda, durante os quais conseguiu renovar os códigos da casa respeitando a herança criativa da Chanel, e quase trinta anos dentro da casa. Uma nova organização criativa será anunciada oportunamente. A Chanel gostaria de agradecer a Virginie Viard pela sua notável contribuição para a moda, criatividade e vitalidade da Chanel,” disse a maison em um comunicado de imprensa.
Viard was appointed artistic creative director in 2019 after Karl Lagerfeld passed away. The Haute Couture Fall-Winter 2024/25 collection will be presented as planned on June 25th at the Opéra Garnier. Viard foi nomeada diretora criativa em 2019, após o falecimento de Karl Lagerfeld. A coleção de Alta-Costura Outono/Inverno 2024/25 será apresentada como planejado no dia 25 de Junho na Opéra Garnier, em Paris.
Virginie e sua relação com a Chanel
Virginie Viard nasceu em 1962 e foi criada na cidade de Lyon, localizada na histórica região francesa de Ródano-Alpes. Sua paixão e imersão no mundo da moda começou desde pequena, já que seus avós trabalhavam como fabricantes de seda.
Sua história na Chanel começou por intermédio de um camareiro do príncipe Rainier III de Mônaco, amigo da família da francesa, que indicou a então jovem estilista para estágio na maison, dentro do ateliê de bordados de alta-costura, em 1987. Foi na marca francesa que Virginie construiu praticamente toda a sua carreira – salvo por um hiato de cinco anos, entre 1992 e 1997, quando trabalhou na Chloé a pedido de Karl, que também comandava a grife na época.
Durante sua passagem pela Chloé, a estilista continuou seu envolvimento com figurinos, criando os figurinos dos filmes “Três Cores: Azul” (1993) e “Três Cores: Branco” (1994).
Viard voltou para a Chanel cinco anos depois, indo trabalhar como coordenadora de de Alta-Costura. Em 2000, tornou-se diretora do estúdio de criação da Chanel, onde supervisionou as coleções de alta costura,Ready-to-Wear e acessórios.
Como diretora do estúdio de criação, posto que ocupou desde seu retorno a Chanel até a morte de seu chefe, Virginie supervisionava a concepção de oito coleções por ano, desde o prêt-à-porter até a alta-costura, e mais duas coleções que não são desfiladas.
Ávida pesquisadora do legado de Gabrielle Chanel(é ela quem remexe os arquivos da marca, mantidos em Pantin, a 40 minutos de Paris, procurando referências para cada coleção), a estilista era responsável por transformar a visão de Karl em realidade. “Braço direito (e esquerdo)”, como dizia o próprio, Virginie transformava os famosos desenhos em lápis-colorido e pastel do designer (que ele produzia à mão, um por um) em complexas peças. Mas não só. A estilista também supervisionava a produção de pelo menos 200 costureiras espalhadas em seis ateliês, participava da escolha de modelos, fittings e concepção de desfiles.
Virginie Viard se tornou diretora criativa da Chanel em 2019, quando foi anunciada como sucessora de Karl Lagerfeld após seu falecimento. Sua promoção para o cargo foi um símbolo para a grife: ela foi a primeira mulher desde Gabrielle Chanel a comandar a criação de moda da etiqueta francesa.
Sua estreia se deu com a coleção Resort 2020, que foi desfilada em Maio de 2019 no Grand Palais em Paris. Nela, a estilista manteve vivo o legado do “Kaiser Karl” em termos de cenário e estilo, apresentando peças cheias de cores, ternos em preto e branco e longos vestidos plissados nas passarelas.
Durante os cinco anos que ocupou o cargo, Viard ficou conhecida por procurar inspiração para suas criações em mulheres “de verdade” e seu lifestyle. A cada coleção, era possível observar a identidade de Virgnie em cumprir a missão de refrescar uma das mais tradicionais marcas de luxo do mundo e conquistar a disputada atenção de millennials e gen Z. Da sua personalidade, veio a influência rock’n’roll, e a ode à praticidade das peças, sem perder de vista os detalhes ultratrabalhados, que são marca registrada da grife, como o tradicional tailleur de tweed e as técnicas de bordado impecáveis do ateliê Lesage.
Até o momento ainda não foi divulgado quem irá ocupar o cargo de diretor criativo da Chanel.