Tudo sobre o Tema do Met Gala 2026!
m dos eventos mais aguardados do calendário anual do mundo da moda é o Met Gala.
Conhecido formalmente como Costume Institute Gala, o evento ocorre toda primeira segunda feira do mês de maio no Metropolitan Museum of Art em Nova Iorque. Organizado pela revista Vogue, ele arrecada fundos para o Instituto de Figurinos do museu, além de marcar a abertura da exposição daquele ano do Instituto.
O evento de cada ano celebra o tema da exposição do Costume Institute daquele ano, e a exposição dá o tom para o traje da noite, já que é sugerido que os convidados escolham seus looks para combinar com o tema da exibição.
Confira abaixo mais detalhes sobre o Met Gala e o tema escolhido para a edição de 2026:
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O Met Gala
O Met Gala foi criado em 1948 como uma forma de arrecadar fundos para o recém-fundado Costume Institute no Metropolitan Museum of Art e marcar a abertura de sua exposição anual.
O primeira gala foi um jantar realizado à meia-noite e os ingressos custaram cerca de cinquenta dólares cada. Baseado no legado deixado pela ex-editora-chefe da Vogue Diana Vreeland como “consultora especial” do Costume Institute, desde 1973 o Met Gala se tornou conhecido como um evento de luxo e sucesso de público e é considerado “a joia da coroa social da cidade de Nova Iorque.”
O evento é amplamente considerado como um dos eventos sociais mais importantes e exclusivos do mundo. É também uma das maiores noites de angariação de fundos da cidade de Nova Iorque. É também é uma das fontes mais notáveis de financiamento para o Instituto.
O Tema de 2026
A moda está saindo do porão do Metropolitan Museum of Art. Anunciada hoje, A “Costume Art”, exposição da primavera de 2026 no Costume Institute, marcará a inauguração das Galerias Condé M. Nast, com quase 1.115 metros quadrados, adjacentes ao Grande Salão do Met.
“É um momento importantíssimo para o Costume Institute”, afirma o curador responsável, Andrew Bolton. “Será transformador para o nosso departamento, mas também acredito que será transformador para a moda em geral — o fato de um museu de arte como o Met estar, de fato, dando um espaço central à moda.”
Para celebrar a ocasião memorável, Bolton concebeu uma exposição que aborda “a centralidade do corpo vestido na vasta coleção do museu”, reunindo pinturas, esculturas e outros objetos que abrangem os 5.000 anos de arte representados no Met, juntamente com peças de vestuário históricas e contemporâneas do Costume Institute.
“O que conecta todos os departamentos de curadoria e todas as galerias do museu é a moda, ou o corpo vestido”, diz Bolton. “É o fio condutor que permeia todo o museu, e essa foi realmente a ideia inicial da exposição, essa epifania: eu sei que muitas vezes somos vistos como o patinho feio, mas, na verdade, o corpo vestido está em primeiro plano em todas as galerias que você visita. Mesmo o nu nunca está completamente despido”, continua ele. “Está sempre carregado de valores e ideias culturais.”
A divisão entre arte e moda persiste teimosamente, apesar de exposições do Costume Institute como “Corpos Celestiais: Moda e a Imaginação Católica”, a exposição mais visitada da história do Met, com 1,66 milhão de visitantes. Bolton acredita que a hierarquia perdura justamente por causa da conexão entre a roupa e o corpo. “A aceitação da moda como forma de arte ocorreu, na verdade, nos termos da arte”, explica ele. “Ela se baseia na negação, na renúncia do corpo, e no fato de que a estética trata da contemplação desencarnada e desinteressada.”
Tradicionalmente, admite Bolton, as exposições do Costume Institute enfatizam o apelo visual das roupas, com os manequins desaparecendo atrás ou sob as peças. Sua ousada ideia para o “Costume Art” é insistir na importância do corpo, ou “na conexão indissociável entre nossos corpos e as roupas que vestimos”. A moda, ele insiste, na verdade “tem uma vantagem sobre a arte porque trata da experiência vivida e corporal de cada um”.
Ele organizou a exposição em torno de uma série de tipos de corpo temáticos, divididos em três categorias principais. Estas incluem corpos onipresentes na arte, como o corpo clássico e o corpo nu; outros tipos de corpos que são frequentemente negligenciados, como corpos envelhecidos e corpos de gestantes; e ainda outros que são universais, como o corpo anatômico. A visão de Bolton sobre o corpo é muito mais abrangente do que a própria indústria da moda costuma promover, com suas modelos magérrimas e tabelas de tamanhos restritas. “A ideia era reinserir o corpo nas discussões sobre arte e moda, e abraçar o corpo, não subtraí-lo como forma de elevar a moda a uma forma de arte”, explica ele.
De fato, a exposição foi concebida por Miriam Peterson e Nathan Rich, do escritório Peterson Rich Office, do Brooklyn, para privilegiar a moda. Na sala de pé-direito alto das Galerias Condé M. Nast (há também uma sala com pé-direito mais baixo), as roupas serão exibidas em manequins posicionados sobre pedestais de 1,80 metro, nos quais as obras de arte serão incorporadas. “Ao entrar, seu olhar imediatamente se dirige para cima, você observa as roupas primeiro”, diz Bolton.
De forma ainda mais impactante, a artista Samar Hejazi foi contratada para criar cabeças espelhadas para os manequins da exposição. “Sempre quis tentar criar uma ponte entre o espectador e o manequim”, começa Bolton. Com um “manequim onde o rosto é um espelho, você está olhando para si mesmo. Parte disso é refletir sobre a experiência vivida dos corpos que você está observando e também refletir sua própria experiência de vida — para facilitar a empatia e a compaixão”. Indo além, o museu também irá fazer provas com corpos reais para incorporar as roupas. “Ao percorrer a exposição, você perceberá que ela desafia as convenções normativas e, por sua vez, oferece demonstrações mais diversas de beleza.”
“Costume Art” é a primeira exposição de Bolton sem subtítulo. A simplicidade do nome da mostra reforça seu objetivo: que a moda deve, sem dúvida, ser considerada no mesmo patamar que a arte. “Pensei muito, muito cuidadosamente sobre isso”, diz Bolton. De fato, até duas semanas atrás, a exposição tinha dois pontos e um subtítulo. “Mas aí tiramos e foi como tirar um espartilho”, ele ri. “Pensei: é exatamente assim que deveria ser. É ousado, é forte, é uma declaração de intenções.” O objetivo, continua ele, “não é criar uma nova hierarquia. É apenas dissolver essa hierarquia e focar na equivalência — equivalência das obras de arte e equivalência dos corpos.”
A exposição “Costume Art” estará em cartaz de 10 de maio de 2026 a 10 de janeiro de 2027, após o Met Gala, que irá acontecer 4 de maio de 2026, que representa a principal fonte de financiamento para todas as atividades do Costume Institute.
















