O estilo inconfundível de Brigitte Bardot
Brigitte Anne-Marie Bardot, mais conhecida apenas como Brigitte Bardot ou simplesmente BB, foi uma atriz francesa dos anos 50 e 60. Além de grande atriz e modelo, Brigitte foi considerada um dos maiores símbolos sexuais da época, e se consolidou como um grande ícone de popularidade da década de 1960.
Toda sua fama se deve a diversos fatores, tanto pessoais, quanto profissionais. Sua personalidade autêntica, e seus ideais modernos a fizeram ser considerada uma mulher à frente de seu tempo. Por conta disso, mesmo não ganhando nenhum prêmio importante no cinema, Brigitte recebia grande parte da atenção da imprensa americana – o que era bem incomum, visto que a imprensa dos EUA só dava foco a atrizes também americanas.
Sua carreira teve diversos momentos de sucesso e crescimento. Porém, o grande ápice e ascensão foi no ano de 1957, quando estreou no filme “E Deus criou a mulher”, produzido por Roger Vladim, seu atual marido.
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Mesmo sendo uma excelente atriz, Bardot não se limitou só ao mundo do cinema. Seu estilo natural, e seus cabelos longos e loiros influenciaram diversas mulheres dos anos 1950 e 1960.
Foi considerada um dos cem nomes mais influentes da história da moda, pela revista TIME.
Em 2009, Brigitte foi eleita uma das mulheres mais bonitas do cinema. Atualmente, é uma ativista e defende o direito dos animais.
A história de Brigitte Bardot
Brigitte nasceu no ano de 1934, na França. Seu pai, Louis Bardot, foi um industrial da alta burguesia, e casou-se com sua mãe, Anne-Marie, no ano de 1933. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, Brigitte Bardot tem uma irmã, Mijanou Bardot, que também foi atriz no cinema francês.
Aos 15 anos de idade, em 1949, incentivada por sua mãe, Bardot iniciou a vida de modelo, estreando na revista Elle. O trabalho feito pela atual modelo chamou atenção de diversos profissionais, inclusive do cineasta Roger Vladim, que viria a tornar-se marido de Brigitte. A partir deste momento, sua carreira entrou em ascensão.
Em 1952, aos 17 anos, Brigitte apareceu pela primeira vez nas telinhas, atuando no filme “Le Trou normand”. No mesmo ano, após 2 meses de namoro, Brigitte e Roger se casaram.
Em sua segunda estreia, a atriz trabalhou no filme “Manina, la fille sans voile”, que gerou uma polêmica entre a família: seu pai, Louis, entrou com processo na justiça para que as cenas da filha de biquíni não foram veiculadas. Porém não teve sucesso.
Nos cinco anos seguintes, Brigitte gravou dezessete filmes, entre eles dramas e romances. Porém, nenhum deles foi muito reconhecido por festivais nem pela indústria do cinema. Seu marido não estava satisfeito com essa situação, e começou a pensar em maneiras de reverter este quadro.
Brigitte Bardot e a Nouvelle Vague
Foi então que surgiu a Nouvelle Vague: um movimento artístico do cinema francês. A nova estética, que foi inspirada no neorrealismo italiano, começou a crescer fora do país. Roger, apostando nessa estratégia, escalou Brigitte para o papel principal do filme “E Deus criou a mulher”, gravado no ano de 1956.
O filme, que contava a história de uma jovem moradora de uma cidade litorânea, causou grandes discussões e polêmicas. Porém, quando chegou aos EUA, estourou em bilheteria, e transformou BB em um fenômeno da noite para o dia.
O filme gerou muitas discussões, e acabou sendo proibido em alguns países, além de ter sido condenado pela atual Liga da decência católica.
Em 1957, Brigitte Bardot se divorciou de Roger e, após dois anos, casou-se com Jacques Charrier, ator francês, com quem teve seu único filho, Nicolas. No ano de 1960, BB atuou no filme “A verdade”, que foi indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro.
Além da indústria do cinema, Brigitte também se envolveu com música e, claro, com a moda, e foi firmada como ícone fashion.
Nouvelle Vague e a moda
O movimento Nouvelle Vague aconteceu entre 1959 e 1960, na França. O país sediou o movimento por diversos motivos.
Entre eles o motivo de que a França foi o epicentro da 2ª Guerra Mundial, e foi ocupada pelos nazistas durante 4 anos. Neste período, o cinema francês era majoritariamente medíocre, tanto por conta da ocupação dos nazistas, quanto pelos filmes produzidos dentro do gênero de comédia de costume.
Apenas em 1944, quando os franceses expulsaram os nazistas do território, é que a rotina da França foi, aos poucos, voltando à normalidade. Foi dentro desse cenário que aconteceu a Nouvelle Vague.
Um grupo de jovens cineastas se uniram em um grupo liderado por François Truffaut para fazer um cinema diferente, autoral e próprio. Esses e muitos outros jovens críticos, reunidos ou inspirados pela revista Cahiers, fundada por Bazin, representavam o movimento e, depois de muito redigirem críticas de filmes alheios, começaram a fazer os próprios.
O movimento, assim como a moda que o circunda, é atemporal. De tempos em tempos, as referências de estilo aparecem nos filmes, ruas e passarelas, imortalizando o movimento francês.
Os figurinos, assim como os roteiros, representavam filósofos existencialistas e divas dos anos 60 que emergiam em uma França pós-guerra. Jason Wu, estilista e idealizador das sandálias Melissa, foi também inspirado pelo movimento durante sua coleção de primavera para a Target online. A inspiração veio da atitude “travessa” e “indiferente” dos filmes da Nouvelle Vague francesa.
Além disso, em 2018, a campanha de Outono Inverno, ready to wear, da Dior foi totalmente inspirada na Nouvelle Vague. A apresentação da campanha, inspirada em empoderamento e feminismo, traz jovens em ruas de Paris, sob um clima blasé e retrô. A marca apostou em estampas em vermelho e azul, além de boinas e botas de couro.
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Brigitte Bardot: o ícone fashion
Brigitte Bardot era conhecida não só por sua ousadia e personalidade, mas também por seus looks ousados e seu jeito despretensiosamente sensual. Seu olhar marcado e seus cabelos longos e loiros, sempre soltos ou semi-presos, influenciaram uma geração de mulheres dos anos 50 e 60.
Bardot sempre era vista com roupas ou super comportadas ou extremamente sensuais – e era exatamente este o seu charme. O mais interessante é que, com seu jeito de se vestir, Brigitte deixou um legado de empoderamento, liberdade e naturalidade.
Nos filmes, Brigitte usava pouca roupa e foi a primeira mulher a aparecer sem meias nas telas, quebrando paradigmas e padrões estéticos.
Seus looks eram mais despojados e naturais, diferente do que havia sido apresentado ao público há alguns anos, com Marilyn Monroe. Nada de pompas, vestidos enormes ou seda. O estilo de Bardot se resumia a batas, vestidos de algodão decotados, ou looks com peças de couro. Era amante do conforto e da espontaneidade.
Atualmente, diversos blogs e revistas de moda inspiram-se em looks de Brigitte Bardot. Saia midi, bota de couro over the knee e até mesmo uma calça de alfaiataria são peças em destaque quando se trata do estilo de BB.
Por onde anda Brigitte Bardot?
No ano de 1973, Brigitte Bardot resolveu afastar-se das atividades, abalada pela morte de sua cadelinha. A única licença que resolveu dar à aposentadoria foi o ativismo: Brigitte agora luta pela causa animal.
Quando pouco se falava em direito dos animais, Brigitte resolveu se tornar vegetariana. Além disso, denunciou atividades ilegais como a matança de bebês focas nos anos 70. Em 1995, sua fundação de direito aos animais foi reconhecida como utilidade pública.
Atualmente, Brigitte Bardot tem 83 anos, e completou 40 anos lutando pela causa animal. Além disso, a atriz está lançando um livro que se chamará “Lágrimas de Combate”. A obra trará sua trajetória, tanto no cinema, quanto na luta pelos animais.
Além da personalidade ativista, Brigitte Bardot continuou não seguindo regras e padrões de beleza impostos pela sociedade. Resolveu não fazer plásticas e deixou que a velhice tomasse seu rumo natural. Ainda assim, continuou a ser uma mulher forte, autêntica e, claro, continuou a andar fora do caminho comum, e a seguir seu próprio caminho.