Conheça Hervé Léger, o criador do icônico bandage dress
Hervé Léger foi um famoso estilista francês, fundador da grife Hervé Léger e criador do vestido do tipo bandagem (bandage dress). Sua criação se tornou um grande ícone da moda, principalmente durante os anos 90, vestindo supermodelos como Karen Mulder, Cindy Crawford e Eva Herzigova.
A sua invenção é muito usada até hoje, pois tornou-se um item verdadeiramente atemporal, algo essencial para se ter no guarda-roupa.
Você conhece a história por trás da criação do vestido bandagem? Confira a trajetória do seu criador Hervé Léger a seguir.
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A história de Hervé Léger
Hervé Peugnet nasceu em 1957, em Bapaume, cidade localizada no norte da França. Ainda jovem, optou por estudar Escultura e História das Artes na faculdade, mas largou o curso para tornar-se cabeleireiro.
O francês iniciou a sua carreira atuando como cabeleireiro em desfiles da Chloé, marca francesa de moda prêt-à-porter, acessórios e perfumes. Encantado pelo que viu nos bastidores das passarelas, começou a projetar chapéus, até conhecer o designer de moda alemão Karl Lagerfeld, em 1980, quando tornou-se seu assistente para a Fendi e, mais tarde, para a Chanel.
Nessa época, Hervé também trabalhou como freelancer, prestando consultoria para empresas como Lanvin e Diane von Fürstenberg.
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Seguindo o conselho de Lagerfeld, Hervé fundou a sua própria marca em 1985, quando tinha 28 anos. O designer alemão também sugeriu ao francês a alteração do seu sobrenome para Léger, de modo a facilitar a sua pronunciação pelos americanos. Dessa forma, nasceu a grife Hervé Léger.
O sucesso foi instantâneo. Em 1993, a sua marca já ganhava diversos elogios devido às bandas elásticas que se juntavam para formar vestidos apertados e bem ajustados, no que veio a ser a sua maior criação e um absoluto sucesso no mundo da moda: o bandage dress.
O êxito da marca e de sua grande criação chamou a atenção do grupo canadense Seagram, que veio a se tornar um parceiro financeiro de Hervé. Tendo o grupo como investidor, a grife Hervé Léger cresceu rapidamente, ganhando reconhecimento mundial e aumentando a sua equipe para 60 funcionários.
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Em 1998, porém, a empresa ganhou novos rumos quando a Seagram decidiu vender a marca Hervé Léger ao grupo BCBG Max Azria, casa de moda global pertencente ao designer de moda tunisiano Max Azria. O grupo já chegou a englobar mais de 20 marcas.
O BCBG Max Azria estreou a era da marca sob sua liderança com a coleção “Hervé Léger by Max Azria”. Um ano mais tarde, o estilista Hervé Peugnet foi demitido e perdeu os direitos sobre a grife que criara.
As peças da marca podem ser encontradas nas maiores lojas de departamento e em boutiques próprias da grife. A primeira fila dos seus desfiles conta sempre com a presença de atrizes e celebridades usando os vestidos que deram fama ao estilista e à marca. Algumas das fãs mais famosas que estão sempre ocupando os principais lugares para assistir aos desfiles são Hilary Duff, Rihanna, Kate Bosworth e Lindsay Lohan, entre outras.
O ressurgimento como Hervé L. Leroux
Em 2000, após ter sido demitido da Hervé Léger, o francês lançou uma nova empresa. Suprimiu o Léger do seu nome e se tornou Hervé L. Leroux. Diz a lenda que essa mudança também teve a influência dos conselhos de Karl Lagerfeld. Com essa nova marca, o estilista vestiu grandes celebridades como Cate Blanchett, Penélope Cruz e Jessica Chastain.
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Nessa nova empreitada, Leroux começou com a ajuda de uma pequena equipe, e dedicou-se sobretudo a trabalhar com alta-costura e vestidos, focando principalmente em formar silhuetas esculpidas e drapeadas. Ele também lançou uma linha prêt-à-porter, que foi distribuída por vários varejistas na época, mas que foi abandonada após as crises de 2008.
Entre 2004 e 2006, Hervé também atuou como diretor criativo da Guy Laroche, maison de alta-costura criada pelo estilista francês de mesmo nome. Sob esse cargo, Hervé desenvolveu o inesquecível e estonteante vestido que a atriz Hilary Swank usou durante o Oscar de 2005, quando recebeu o prêmio de melhor atriz por sua atuação no filme Million Dollar Baby, ou Menina de Ouro, no Brasil.
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Apesar da fidelidade de sua clientela às suas criações, Leroux não conseguiu atingir o mesmo nível de sucesso e renome que teve com a sua primeira marca.
Após mais de uma década de pouco alarde na moda, o estilista voltou a obter destaque em 2013, ao ser convidado pela Chambre Syndicale a compor o calendário oficial da Semana da Alta-Costura de Paris.
Na ocasião, Leroux exibiu sua coleção de primavera para aquele ano, e disse em entrevista ao site “Women’s Wear Daily” que, apesar de manter-se low-profile nos últimos anos, vendia cerca de 200 vestidos de alta-costura por ano.
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Durante a sua carreira, o estilista também fez grandes contribuições ao teatro. Ele foi o responsável pela criação dos figurinos para a bailarina francesa Zizi Jeanmaire para o Ballet de Marseille, bem como para os espetáculos “Camera Obscura” e “Le Lac des Cygne”, todos franceses e dirigidos pelo premiado coreógrafo Roland Petit, marido de Zizi.
Hervé dedicou-se ao rótulo Leroux até os últimos dias de sua vida, e morreu em decorrência de um aneurisma em outubro de 2017, com 60 anos.
O icônico Bandage Dress
O estilista francês Hervé Léger morreu com 60 anos, e deixou para trás uma carreira de grande reconhecimento, que inclui a criação de um vestido que ficará para sempre na história do guarda-roupa feminino: o Bandage Dress, ou vestido bandagem.
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A peça foi responsável por atrair os holofotes para Hervé e sua marca, tornando-o um ícone do segmento fashion, ao lado de estilistas de grande renome, como Marc Jacobs e Jil Sander.
O vestido já compôs o look de diversas celebridades influentes no mundo da moda, e se mantém presente inclusive nos dias atuais, já tendo sido a escolha de Kim Kardashian, Rihanna, Victoria Beckham e Melania Trump.
O modelo virou um verdadeiro uniforme fashion nos anos 1990, tamanho o sucesso alcançado. Também conhecido como BodyCon (de conscientização do corpo), o vestido foi feito para evidenciar as curvas femininas através do seu material elástico e da sua silhueta justa, ficando colado ao corpo e proporcionando um visual deslumbrante, sensual e requintado.
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Acredita-se que a inspiração de Hervé veio, na verdade, do Egito, onde os corpos eram envolvidos por tiras após a morte. Por incrível e mais estranho que pareça, essa tradição teria servido como um incentivo à criação do estilista.
A partir dela, o francês foi capaz de redefinir os tradicionais vestidos drapeados feitos de jersey, tecido comumente produzido a partir de lã, seda, algodão ou fio sintético.
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O bandage dress, por sua vez, é feito com a técnica de moulage, que é um método de modelagem tridimensional, ao contrário da modelagem plana tradicional, que trabalha com apenas duas dimensões. O nome vem do francês moule, que significa forma, molde. A expressão fait au moule significa feito sob medida.
Nessa técnica, os moldes, ao invés de serem feitos no papel, usando medidas e geometria, são trabalhados sobre um manequim especial, feito justamente para esse fim.
O tecido escolhido é moldado, alfinetado, riscado e cortado para reproduzir o modelo desenhado previamente. Com o método de moulage, é possível visualizar o resultado da modelagem enquanto ela está sendo feita.
Os principais tecidos usados para fazer o bandage dress são viscose, poliamida e elastano. O resultado final, apesar de ficar bem colado ao corpo, não tira os movimentos de quem o veste. Pelo contrário: o modelo segura e valoriza cada forma e curva do corpo feminino.
Os anos de ouro do bandage dress foram durante a década de 1990, mas ele é muito utilizado ainda nos dias de hoje, justamente por ter se tornado um item atemporal e uma peça-chave do guarda-roupa feminino.
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Na sua melhor época, ele era a peça favorita de supermodelos como Cindy Crawford, Karen Mulder e Eva Herzigova, que além de desfilar para a marca de Hervé Léger exibindo o modelito, também usavam o vestido fora das passarelas.
Diversas personalidades brasileiras também adotaram o icônico vestido nas últimas décadas. A supermodelo Gisele Bündchen e a atriz Marina Ruy Barbosa estão entre elas. A apresentadora Fernanda Lima usou um autêntico Hervé Léger no sorteio dos grupos da Copa do Mundo de 2014, promovida no Brasil.
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Seu look deslumbrante chamou a atenção da imprensa estrangeira e irritou a conservadora televisão do Irã, que cortou a transmissão ao vivo do evento por considerar o decote “inapropriado”.
E você, o que acha desse icônico vestido que fez o nome e a fama do estilista Hervé Léger? Já usou um desses ou gostaria de usar? Conta pra gente nos comentários abaixo.