Especial Semana da Mulher: Tudo sobre Coco Chanel
É comemorado no dia 08 de Março o Dia Internacional da Mulher. A celebração foi instituída após um evento intitulado “Dia da Mulher” que ocorreu em Fevereiro de 1909 na cidade de Nova York, marcado por diversas manifestações pela igualdade de direitos civis e a favor do voto feminino, o qual era proibido até então.
A data homenageia as mulheres de todo o mundo e simboliza a história de superação, dedicação e luta por direitos no decorrer da história.
Em celebração desta data tão importante, ao decorrer desta semana iremos homenagear e contar a história uma mulher por dia que foram escolhidas por conta de sua notoriedade e história de sucesso.
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Confiram abaixo a história da icônica estilista francesa Coco Chanel:
Infância e Juventude
Gabrielle Bonheur Chanel nasceu no dia 19 de Agosto de 1883 na pacata vila de Saumur, localizada no interior da França. Filha de Eugénie Jeanne Devolle, uma lavadeira que era solteira quando ela nasceu, e a segunda filha de Albert Chanel, um vendedor de rua, que comercializava roupas de trabalho e roupas íntimas, Gabrielle ficou órfã de mãe quando tinha apenas 12 anos, vítima de tuberculose.
Quando tinha apenas 13 anos de idade, seu pai resolveu colocá-la junto a sua irmã em um internato católico para moças na cidade de Abauzine, onde ficou até completar 18 anos de idade. Por mais que pudesse permanecer na cidade, decidiu se mudar para uma pensão jovens católicas localizada na cidade de Moulins.
Na pensão, Gabrielle se aperfeiçoou como costureira, além de reencontrar sua tia, Adrienne, irmã mais nova de sua mãe. Em 1903, a dupla foi considerada apta com agulha e linha e foram mandadas para a Maison Grampayre, um ateliê de costura especializado na confecção de enxovais. Agora financeiramente independentes, e trabalhando como costureiras no ateliê, ambas decidem deixar o pensionato, e passam a dividir um quarto alugado na rua Pont Ginguet, em Moulins.
Quatro anos mais tarde, por volta de 1907, muito cortejada, Chanel começou a fazer suas primeiras aparições no La Rotonde, um “café-concerto” frequentado por oficiais de um regimento de cavalaria estacionado em Moulins. Lá, ela se apresentava como cantora, cantando a música “Qui qu’a vu Coco dans l’Trocadéro”, surgindo assim seu apelido, Coco.
Abertura da primeira loja
Foi através de seu primeiro namorado, Etienne Balsan (que conheceu no café e a inseriu na alta sociedade de Paris), que Gabrielle conheceu o grande amor de sua vida, o milionário inglês Arthur Capel, que foi o responsável em ajudá-la à sair do ateliê e abrir sua primeira lojas de chapéus em 1910.
O caminho para o sucesso não foi fácil. Chanel teve de enfrentar a sociedade machista do século XX, e uma mentalidade onde as mulheres não tinham muito espaço na sociedade. No começo de sua carreira na moda, vendia elegantes chapéus femininos e acessórios. A loja era localizada na região da Balsan, ponto de encontro de burgueses e políticos franceses, o que deu grande vantagem e oportunidade para Gabrielle vender seus sofisticados chapéus.
Com um estilo simples, sem adorno e flores, seus chapéus conquistaram as damas parisienses que frequentavam o jóquei clube da cidade. Chanel gostava de ousar em seus trajes, misturando peças femininas e masculinas, o que incomodava os homens da sociedade (e fato que a incentivou a se dedicar à costura). Arthur viu em Coco uma futura mulher de negócios, e a ajudou a comprar um imóvel no prestigiado endereço 21 Rue Cambon.
Expansão de seus produtos
Suas peças com corte simples encantaram as mulheres, e, em 1913 (antes da Primeira Guerra Mundial) inaugurou duas boutiques simultaneamente em Deauville e em Paris. Nesta época, a estilista começou a confeccionar roupas esportivas femininas como blusas com golas rolês, que tinham inspiração nos marinheiros e eram feitas de malha e tricô.
Dois anos mais tarde, em 1915, abriu seu primeiro ateliê de Alta Costura, e, em 1918, se fixou definitivamente no número 31 da Rue Cambon, onde a loja está até hoje. Ainda nesta época foi ousada ao se tornar a primeira estilista a lançar um perfume com sua assinatura, o icônico Chanel N°5 no ano de 1921.
Coco revolucionou o mundo da moda do Século XX ao libertar as mulheres de faixas e corpetes apertados em saias de babados, fazendo com que elas se sentissem poderosas e livres usando roupas mais simples e práticas.
Revolução no guarda-roupa feminino
A estilista francesa transformou o armário das mulheres da época, com jérseis, cardigãs, sapatos sem salto, vestidos de corte a direito e sem mangas, jaquetas, saias plissadas, tailleurs e bolsas com alça de corrente dourada que davam autonomia aos braços.
O icônico ‘little black dress’ foi criado em 1919, confeccionado em crepe com mangas justas e compridas, algo que foi extremamente ousado para época, pois era uma cor inédita para a alta-costura e que era normalmente atribuída ao luto. Saindo das festas de gala e dos momentos de luto, se transformou no curinga e, de antemão, marcaria o perfil da mulher moderna, preparada para ser uma profissional e parecer feminina e elegante em qualquer situação. Ele foi utilizado pela primeira vez em 1926, e foi chamado pela conceituada revista Vogue como o “Ford dos vestidos” (uma alusão aos carros da marca americana que eram produzidos e vendidos em larga escala).
A fama internacional chegou na década de 1930, quando as atrizes de Hollywood começaram a utilizar produtos Chanel. Esse foi o período de maior sucesso nos negócios e a consagração da estilista. Neste auge da fama, a empresa empregava 4.000 funcionários e chegou a vender 28.000 peças em um único ano.
O segredo de seu sucesso era simples: apenas desenhava roupas que gostava de vestir. Não colocava seus esboços no papel, criava-os em cima do tecido, no corpo da modelo. Isso porque era a roupa que deveria se adequar ao corpo, e não ao contrário, como gostava de dizer.
Guerra e Retomada dos Negócios
Em 1954 voltou a Paris e retomou seus negócios na alta-costura. Sua carreira teve um renascimento nesta época. O cardigã, o vestido preto e as pérolas tornaram-se marcas registradas do estilo Chanel de fazer moda. Quando apresentou a coleção de 1958, as francesas ficaram maravilhadas.
Suas inovações, de fato, transformaram toda a silhueta feminina. O novo comprimento de suas saias mostrou os tornozelos das mulheres, cujos pés passaram a contar com sapatos confortáveis de bicos arredondados. Pérolas em especial, e bijuterias em geral, ganharam lugar de destaque entre os acessórios, cachecóis enrolaram-se com classe nos pescoços.
Falecimento
Coco Chanel faleceu no dia 10 de Janeiro de 1971 aos 87 anos de idade no luxuoso Hotel Ritz de Paris. A francesa na época ainda trabalhava ativamente desenhando sua nova coleção.
Assim como toda a história de sua vida, o momento da morte também foi marcado por glamour e boatos. Sozinha no quarto do sofisticado Hotel Ritz, onde viveu por aproximadamente 33 anos, a estilista teria dito a uma camareira que estava presente: “Vê? É assim que se morre. Sozinha, mas sempre chique”.
Seu funeral foi assistido por centenas de pessoas que vestiam suas roupas em sinal de homenagem.
Legado
Mesmo 52 anos após seu falecimento, o legado de Coco Chanel continua mais vivo do que nunca. A estilista francesa marcou a história da moda ao transformar o guarda-roupa feminino, libertando as mulheres de roupas com espartilhos e apertadas e lhes dando mais liberdade na hora de se vestir com peças mais soltas mas altamente sofisticadas e elegantes.
Suas criações ainda são as queridinhas de inúmeras mulheres, principalmente o vestido preto, as bolsas com alças de corrente e as peças em tweed, principalmente os conjuntos. A marca atualmente ainda é uma das maisons de luxo mais conhecidas e importantes do mundo, fazendo com que seu patrimônio nunca seja esquecido.
Já conhecia a história e trajetória de Gabrielle Chanel? Nos conte nos comentários!