Dior lança documentário “Metamorphosis”
Uma das marcas de luxo mais tradicionais e conhecidas do mundo, a Dior é sinônimo de sofisticação, elegância e atemporalidade. Com mais de 70 anos de história, a maison francesa se tornou referência por suas peças refinadas e com estilo feminino, tendo diversos itens icônicos e que são referência, sendo suas bolsas os itens de maior sucesso entre as amantes da marca.
Além de suas incríveis e icônicas criações, a grife também é conhecida por suas coleções Cruises que acontecem todos os anos em uma localização diferente do globo que, não apenas serviu como inspiração, mas que também participou ativamente na criação das peças vistas na passarela, através da contratação de artesãos locais.
Para celebrar essa parceria de sucesso entre os locais dos desfiles e a maison francesa, a Dior irá lançar em breve o documentário “Metamorphosis”, que tem como foco a mais recente coleção Cruise da grife, que teve como inspiração a cultura mexicana.
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Confira abaixo mais detalhes sobre o documentário “Metamorphosis” da Dior:
Dior Metamorphosis
Na tarde do dia 29 de Novembro, a maison francesa Dior convocou alguns convidados para uma prévia do “Dior Metamorphosis”, o mais recente da sua série de documentários de bastidores da coleção Cruise, que visam celebrar a cultura e o artesanato dos artesãos envolvidos no confecção de cada linha sazonal.
Depois de Atenas, Marrocos e, a Andaluzia, em 2023, Maria Grazia Chiuri, diretora criativa de Moda Feminina da marca, elegeu a Cidade do México para apresentar a mais recente coleção Cruise, evento que aconteceu em Maio deste ano.
A exibição do documentário aconteceu na sala de projeção do moderno Hôtel Marignan, localizado em Paris. O documentário abriu com uma introdução à pintora mexicana e ícone feminista Frida Kahlo – a quem Chiuri atribui em grande parte a sua inspiração por trás da coleção Cruise 2024.
O nome do filme, “Metamorphosis”, é em referência ao fato de Frida Kahlo ocultar sua perna direita com suas roupas, a qual ficou mais curta do que a perna esquerda depois que foi diagnosticada com poliomielite quando criança. Na tentativa de desviar a atenção, ela passou a usar apenas vestidos Tehuana, que são, por definição, uma combinação de uma saia longa e um huipil (uma blusa de algodão adornada com elaborados motivos bordados). Ambos os itens da vestimenta tradicional mexicana ajudaram a chamar a atenção para seu busto e para longe de sua deformidade.
E como resultado, o vestido Tehuana é hoje sinônimo do estilo de Kahlo, ganhando o título de símbolo da moda entre as grandes artistas femininas. Ao controlar a trajetória dos olhos dos outros a partir de sua fraqueza física, ela transformou esta última em um elemento de força.
Em outra ode a Kahlo, o desfile aconteceu no colégio da falecida artista, San Ildefonso, onde ela conheceu seu mentor e amante de longa data: o muralista Diego Rivera.
O resto do filme de uma hora desenrola-se na busca da designer por artesãos competentes na região. O que produziu um resultado frutífero, já que Chiuri compartilha a meio deste que teria escolhido todos os talentos que viu no trabalho, se fosse possível. Depois de selecionar (principalmente do estado de Oaxaca, no sul do México) uma série de bordadeiras, tecelãs, ourives e artistas bem treinadas, estas últimas incluindo Elina Chauvet, conhecida pela sua instalação feminista “Zapatos Rojos”, a câmara foca então em cada uma de suas técnicas surpreendentes nos respetivos locais de trabalho. Muitas vezes este sendo dentro de suas prórpias casas, já que muitas não têm acesso a ateliês.
Tecelagens de borboletas – o símbolo do México para o retorno das almas de seus ancestrais – tomam forma em um huipil e são adornadas em fivelas de cintos prateados. A jaqueta Bar, assinatura da Dior, também foi revisitada com motivos tradicionais mexicanos, modernizando sua forma clássica.
Se no filme aparecem artesãos do sexo masculino, são as mulheres que, sem dúvida, detêm o título de protagonistas do documentário “Dior Metamorphosis”. Retratadas como lutadoras apaixonadas pela sua herança cultural, transmitida de geração em geração por via de suas mães e avós e já antes delas, cada mulher fala do seu talento artístico com orgulho e devoção genuína. “O trabalho que essas mulheres fazem, porque foi realizado por mulheres, geralmente é desprovido de qualquer relevância cultural. O meu trabalho com a Dior é mudar isso”, diz Chiuri em determinado momento do filme.
O documentário termina com o começo do próprio desfile Cruise 2024, um evento monumental para o qual cada artesão colaborador foi convidado. Um jovem tecelão chamado Hilan Cruz, um estudante de Antropologia de 27 anos que pareceu à diretora criativa da Dior um puro talento, foi até convidado a voltar com ela para Paris para ajudar a ensinar o seu ofício nos ateliês da marca. Nesta homenagem às mulheres, ao México e à arte, ressoa a mensagem de Maria Grazia Chiuri: os saberes das respectivas heranças culturais do mundo devem transcender como um “diálogo entre o presente e o futuro”. Para nunca ficar no passado.
“Metamorphosis” estará disponível no site oficial da Dior a partir de 6 de dezembro.