Dario Vitale estreia na Versace e reinventa os anos 1980 para o verão 2026
Na última sexta-feira, todos os olhares da Semana de Moda de Milão se voltaram para a estreia de Dario Vitale como diretor criativo da Versace. O desfile, de atmosfera intimista, tinha uma missão clara: mostrar como um novo olhar poderia honrar a herança de Gianni Versace, sem deixar de dialogar com a vida de hoje.
Se a Versace sempre foi associada ao glamour noturno, aos brilhos e às festas lendárias dos anos 1990, Vitale preferiu começar em outra direção. Sua coleção para o verão 2026 olha para os anos 1980, a década que moldou a identidade da maison, mas os reinventa com uma sensualidade mais discreta, adaptada à luz do dia.

A Versace por Dario Vitale
Enquanto Gianni fez da noite seu território de reinado, Vitale aposta no cotidiano. O desfile trouxe mom jeans, calças capri e coletes bordados que remetem ao western, ao lado de saias e regatas que revelam apenas o suficiente. O resultado não é um recuo, mas uma mudança de registro: a sensualidade Versace aparece mais sutil, quase casual, pensada para cafés da manhã, encontros informais e a vida urbana.

O color blocking — marca registrada da década revisitada — ganhou frescor em combinações inusitadas, enquanto fotografias em estilo pop art estamparam vestidos e camisas, lembrando ao público que a Versace nasceu para ser exuberante. Mas exuberância, aqui, não significa necessariamente exagero. É o mesmo DNA, traduzido para uma nova era.
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Quem é Dario Vitale?
Para muitos, o nome Dario Vitale pode soar novo. Antes de assumir a Versace, o italiano de 41 anos ocupava a posição de diretor de design e imagem da Miu Miu, onde se destacou pela habilidade de transformar narrativas visuais em desejo de moda. Com um background que mistura fotografia, direção de arte e design, ele não é apenas um criador de roupas, mas um contador de histórias.
É justamente esse olhar narrativo que parece guiar sua estreia na Versace. Ao revisitar a década de Gianni, Vitale não se limita a resgatar o passado: ele cria um diálogo entre tradição e presente, entre a extravagância que sempre foi sinônimo da casa e a leveza que o consumidor atual procura.

Entre Gianni, Donatella e Vitale
A Versace passou por diferentes leituras criativas ao longo das décadas. Gianni Versace transformou a moda dos anos 1980 e 1990 com um estilo ousado, colorido e altamente sensual. Após sua morte, Donatella Versace manteve a chama acesa, aproximando a marca de celebridades, tapetes vermelhos e colaborações de impacto.
Agora, com Vitale, o desafio é outro: tornar a Versace relevante para a nova geração, sem que ela perca o peso histórico. Sua estreia sugere um caminho interessante: menos brilho noturno e mais vida diurna, sem abrir mão da energia visual que sempre diferenciou a grife das demais casas italianas.

O futuro da Versace sob Dario Vitale
A coleção verão 2026 sinaliza uma Versace mais versátil e menos caricata. O luxo aparece em bordados, volumes e estampas icônicas, mas de forma integrada a peças que podem circular fora das passarelas. É uma moda que convida ao uso, mas sem banalizar sua herança.
Se será um novo capítulo de sucesso, apenas o tempo dirá. Mas uma coisa ficou clara na estreia: Dario Vitale entendeu que a grife da medusa não precisa abandonar seu DNA para evoluir. Precisa, sim, reposicioná-lo, e foi exatamente isso que vimos em Milão.
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Assista ao Desfile Versace Spring/Summer 2026 Completo: