Conheça A Grife italiana René Caovilla e seus sapatos-joia
Que os sapatos italianos são os mais desejados do mundo da moda isso já não é mais nenhuma novidade, mas algumas grifes se destacam mais do que outras. A grife René Caovilla é um dos maiores exemplos contemporâneos a alcançar tamanho requinte e sucesso nesse meio, através dos seus desejados sapatos jóia.
Até os dias de hoje a marca mantém o seu formato original de administração familiar, sendo comandada por Edoardo Caovilla, neto do fundador da empresa.
Com produção 100% artesanal, as peças produzidas conquistam fashionistas e celebridades pela sua alta qualidade e sofisticação sem igual. Jane Fonda, Uma Thurmann, Rihanna e Bela Haddid são algumas das musas já vistas no tapete vermelho usando calçados René Caovilla.
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Para saber mais a respeito da história dessa grande e renomada grife, confira a seguir!
A história de fundação da marca
René Caovilla nasceu em 1938 em Riviera del Brenta, região pertencente à cidade de Veneza, na Itália. Seu pai, Edoardo Caovilla, foi estudante de Luigi Voltan, importante sapateiro italiano, marcado por ter introduzido o processo de produção serializado em sua fábrica, fundada em 1898. Voltan também foi o primeiro a produzir sapatos em Riviera del Brenta.
Edoardo preferia trabalhar com roupas artesanais de alta-costura, enquanto que sua esposa bordava os sapatos à mão em uma pequena sala dentro da fábrica. Esse cômodo permanece preservado até hoje.
Em 1950, René foi até as cidades de Paris e Londres para estudar design. Ao retornar para casa, começou a trabalhar com seu pai, e logo no início da década de 1960 assumiu o negócio da família.
René casou-se logo em seguida com Paola, cuja família também estava envolvida no ramo de calçados. Ela tornou-se a responsável pelas relações públicas e pela linha de bolsas da empresa Caovilla.
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O foco principal de René nesse contexto já era dedicado à criação de exuberantes sapatos para serem usados em eventos noturnos. Desde a sua fundação, a René Caovilla se consagra ao produzir peças ricas em detalhes elegantes e com alta qualidade.
No início dos anos 1970 René Caovilla trabalhou junto de Valentino Garavani, atualmente o dono de uma das maiores casas de moda do mundo. Na década seguinte, diversas colaborações foram feitas com a Dior e com a Chanel. Em 2000, foi a fez da parceria com Karl Lagerfeld.
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Após décadas dedicado aos trabalhos colaborativos feitos para outras grandes labels, René Caovilla decidiu encerrar esse tipo de parceria e começou a criar os chamados scarpe gioelli, “jeweled shoes”, ou sapatos-jóia, em tradução para o português. Com tamanho charme e exuberância, não demorou até que suas criações exclusivamente próprias se tornassem uma febre entre os admiradores de calçados.
O atual diretor de criação da René Caovilla
Atualmente outro Edoardo é o responsável pelo comando da empresa, dessa vez o filho de René Caovilla. Formado em economia, está na direção de criação da casa há oito anos.
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Ele conta que seu avô era um verdadeiro sonhador:
“Como na Itália vivemos duas grandes guerras, e ele passou por ambas, acreditava desde sempre que somente a arte e a beleza poderiam salvar o mundo”
Sobre o seu pai, que permaneceu à frente dos negócios até os 72 anos, Edoardo conta que sua paixão pelo trabalho era tanta que “era capaz de olhar um lindo calçado, se emocionar e até chorar!”
Mais pragmático e objetivo, Edoardo se enxerga como um “homem que quer entender o que mulheres das mais variadas partes do mundo gostariam de usar, optar por um material aposta, me cercar de uma equipe criativa da qual confio e assim construir as bases do meu negócio”.
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Além de CEO da empresa e diretor criativo, ele é também o responsável pela expansão internacional da marca.
Ao contrário do que muitas grifes da moda costumam fazer, Edoardo não pretende vender a empresa para nenhum conglomerado de luxo. Ele conta que alguns deles (como Kerin e LVMH) já demonstraram interesse em adquiri-la, porém ele acredita que o melhor para a empresa é de fato manter o seu formato de negócio de família.
Excelência na criação e produção artesanal
A fábrica da marca permanece em Veneza, e mantém cerca de 122 funcionários.
Cada par de calçados chega a passar por cerca de 34 fases distintas até alcançar seu formato final. O salto, uma das partes mais complexas na produção de qualquer calçado, conta com até 32 elementos produzidos para formar encaixes absolutamente precisos.
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Em entrevista cedida à Fashion Foward em 2017, Edoardo Caovilla explicou que a principal preocupação da sua empresa é com o design do sapato, sem se preocupar exatamente com os custos.
“Temos a melhor matéria-prima em cada elemento do produto porque não há limitações em relação a preços, de acordo com o nosso posicionamento no mercado. Nós temos história, herança, qualidade no produto, design contemporâneo, oferecemos um produto cool e que respeita o meio-ambiente”
Essa excelência na produção é uma das questões responsáveis pela fama obtida pela grife, que sempre busca combinar conforto e beleza em suas peças.
Quatro coleções são lançadas anualmente: duas para o verão e duas para o inverno.
Exuberância e originalidade
Dentre todos os grandes sucessos de René Caovilla, o best seller é o modelo Snake, sandália trabalhada com tiras que sobem pelo tornozelo, simulando o movimento de uma serpente. Ele foi criado em 1969, e em 1975 chegou a ser exposta no acervo de moda no MoMa, em Nova York.
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Essa é uma das principais peças queridinhas das celebridades, e já fez parte de looks luxuosos como os das cantoras Rihanna e Carrie Underwood e da modelo Chanel Iman. Mais que um calçado de luxo, o Snake se tornou um verdadeiro objeto de referência em design. O modelo possui variações diversas, que estão à venda no e-commerce da grife por valores a partir de 860 libras, o equivalente a R$ 4.240.
Com uma visão ampla do seu público, a René Caovilla passou a trabalhar também com sapatos flat.
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Apesar de não ter salto, essa linha de modelos da grife possui peças ultra-trabalhadas, com direito a composições feitas de cristais Swarovski e demais materiais de altíssima qualidade.
Super charmosos, esses itens também se tornaram um grande hit da marca. O CEO Edoardo Caovilla explica que é um verdadeiro desafio:
“imprimir a palavra luxo em criações bem próximas ao chão, mas nos orgulhamos do feito e de conseguir um resultado novo e elegante de modelos sem saltos a cada nova coleção”.
Os modelos mules da René Caovilla também têm feito grande sucesso dentro dessa categoria de calçados baixos. As queridinhas dessa seção são a Palmia, que é feita de camurça e com detalhes de cristais, e a Audrie, de veludo com ponteira também adornada de cristais.
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Um toque especial extra comum a esse modelo são as solas, todas trabalhadas com brilho.
Os mules ou as sandálias e sapatilhas rasteiras da René Caovilla podem ser a escolha ideal para quem procura por praticidade e conforto para encarar o dia, sem deixar de lado a elegância e o bom gosto.
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Em 2007, a multimarcas Harrods ganhou os holofotes do mundo da moda ao contratar uma legítima cobra egípcia para proteger o balcão de sapatos que guardava um par de sandálias René Caovilla. De alta-costura, a peça era feita com rubi, safira e diamantes incrustados.
A preocupação com a sustentabilidade
Em 2017, a marca finalizou o seu projeto de sustentabilidade. A postura atual da grife se deve principalmente ao posicionamento de Edoardo, que antes de ingressar na empresa trabalhou no setor de gestão de resíduos e energia. “Você não pode viver nesse mundo e não estar ciente da importância da sustentabilidade”, disse Edoardo em entrevista recente à revista Savoir Flair.
A sua pretensão é fazer com que a empresa ocupe o primeiro lugar do ranking em termos de sustentabilidade e meio-ambiente, qualidade do produto e do trabalho dos funcionários. Para ele, não basta que a René Caovilla seja a melhor do mundo: ele quer que ela seja a melhor para o mundo. “Estamos trabalhando para vincular nosso sucesso ao impacto que temos no mundo e na sociedade” relatou.
Para alcançar esse objetivo, a empresa procura trabalhar o entendimento dos clientes com relação ao trabalho feito pela marca, os materiais usados nas peças e a importância do artesanato em cada uma delas. “Queremos que os clientes entendam quando estão comprando algo feito corretamente e quando não estão” explicou o diretor criativo.
Ele reconhece que isso é um grande desafio, mas acredita que em cerca de um ano a René Caovilla já estará ocupando uma posição de destaque no que diz respeito à sustentabilidade.
Primeira loja no Brasil
Em 2017, a René Caovilla inaugurou a sua primeira loja em território brasileiro. A boutique fica localizada no shopping Cidade Jardim, em São Paulo.
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A decisão de trazer as suas peças para o Brasil se deu quando o CEO da marca percebeu a quantidade substancial de clientes brasileiras comprando em suas lojas europeias. Com tamanha adesão desse público, foi definido que era hora de abrir uma loja no Brasil.
A grife, que aspira ser a melhor marca de acessórios femininos de luxo do mundo, dedica-se a lançar sapatos seguindo o conceito de joias.
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O espaço inaugurado no shopping paulistano é o primeiro da marca a apresentar um novo conceito. O projeto do lugar foi assinado por Bonelli Radovic, do m2atelier, que trabalhou com a ideia de representar os principais valores da grife (como herança, elegância e inovação) ligando-os a detalhes que remetem à cidade-sede: Veneza.