Jonathan Anderson reinventa a JW Anderson após assumir a Dior
Novo cargo, nova fase e zero apego ao calendário tradicional. O estilista Jonathan Anderson aposta em um modelo fora da curva para sua marca própria, enquanto aquece as passarelas da Dior.
Nova casa, mesma assinatura
Jonathan Anderson está vivendo um daqueles momentos raros em que tudo parece acontecer ao mesmo tempo — e sob controle. Depois de marcar época na Loewe (onde, vale lembrar, criou a cobiçada bolsa Puzzle, um verdadeiro ícone do design contemporâneo), o estilista deixou a maison espanhola para assumir nada menos que a Dior, agora como diretor criativo das linhas feminina e masculina.
Sua estreia na Dior Homme aconteceu em junho de 2025 e foi tudo aquilo que o universo fashion esperava — e mais. Com seu olhar arquitetônico e refinado, Anderson trouxe frescor à tradição da casa e ainda apresentou versões reinventadas da Book Tote, peça-chave da Dior que, sob sua direção, ganhou novos contornos e interpretações. Já o debut feminino está marcado para setembro — e vem cercado de expectativa.
Uma marca autoral, mais livre do que nunca
Mesmo ocupando um dos cargos mais importantes da indústria de luxo, Anderson não deixou sua marca homônima em segundo plano. Pelo contrário. A JW Anderson entra agora em uma fase completamente nova, com espírito experimental e foco em um lifestyle muito além do vestuário.
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A proposta abandona o calendário tradicional de coleções sazonais para abraçar um formato mais orgânico, artesanal e fluido. Joias, óculos, objetos de decoração, ferramentas de jardim vintage e até mel artesanal entram no mix — sim, mel, colhido e embalado sob curadoria da marca, como parte de uma nova maneira de enxergar o luxo: com mais alma, mais tempo e menos pressa.
A apresentação oficial desse novo conceito acontece durante a semana de alta-costura de Paris, na Galerie Joseph . A locação escolhida reforça o caráter artístico e quase museológico da proposta.

Lojas que viram galeria
Além da estreia conceitual em Paris, as lojas da JW Anderson em Londres e Milão também passam por uma transformação completa. Reabrem em setembro com uma nova atmosfera: menos loja, mais espaço criativo. A ideia é fazer com que roupas, design, objetos e arte convivam no mesmo ambiente — como uma extensão do universo pessoal do estilista.
JW Anderson deixa de ser só uma marca de moda e se torna uma plataforma de experimentação, onde tudo, de um casaco a um pote de mel, carrega intenção, narrativa e estética.

Jonathan Anderson, o inquieto
Ao apostar nessa liberdade criativa na própria etiqueta enquanto prepara sua visão para a Dior feminina, Jonathan Anderson mostra que sua força vai muito além do hype. Ele é um designer de narrativa, que mistura técnica, sensibilidade e uma boa dose de provocação.
Se na Loewe ele já tinha provado seu talento ao reinventar os clássicos com poesia e frescor, agora ele escala ainda mais alto — e sem abrir mão da autonomia que conquistou em anos de consistência. A moda, sob seu olhar, deixa de ser sobre estações e passa a ser sobre histórias. E essa história, ao que tudo indica, está só começando.
Agora, honestamente, se até o mel vai carregar uma etiqueta de luxo, o que mais vem por aí?