Tudo sobre os desfiles de Alta-Costura da Chanel e Dior!
Uma das datas mais importantes datas do calendário da indústria da moda é a semana de Alta-Costura, onde as maisons que fazem parte do Chambre Syndicale de la Haute Couture apresentam coleções exclusivas belíssimas de peças que são feitas artesanalmente com materiais da mais alta qualidade e que são verdadeiras obras de arte.
Alguns dos desfiles mais aguardados e disputados da semana de Alta-Costura são das casas de moda francesa Chanel e Dior, que são nomes tradicionais e de muito prestígio na indústria. As marcas são conhecidas por suas criações femininas, elegantes e sofisticadas, sendo o sonho de consumo de centenas de mulheres.
Confira abaixo mais detalhes sobre os desfiles de Alta-Costura da Dior e da Chanel:
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Christian Dior
A Dior desfilou sua coleção Alta-Costura Primavera/Verão no dia 22 de Janeiro, onde teve um momento de contemplação e apresentou roupas hiper usáveis, algo que não é tão comum em coleções desta categoria.
Nesta temporada, Maria Grazia Chiuri se uniu a Isabella Ducrot, uma artista nascida em Nápoles, mas radicada em Roma, cuja instalação gigante chamada Big Aura adornou as paredes do cenário da apresentação, que aconteceu nos jardins do Museu Rodin. Mais de vinte vestidos de cinco metros de altura foram pregados nas paredes em um papel de parede irregular com listras pretas, sugerindo a trama e a urdidura do tecido.
Diante deles desfilou um elenco que apareceu pela primeiramente em uma grande série de looks cáqui, trench coats e vestidos casacos. Embora muitas vezes contida e cuidadosamente editada, de vez em quando a coleção explodia em luz, com chemises de organza, vestidos e calças brilhantes, girandolas de folhagens, miçangas, ráfia e rodóides laqueados.
O tecido favorito de Chiuri para a próxima temporada é um novo moiré claro nas cores em ouro iridescente, branco, cinza, bordô e verde, que foi visto em jaquetas e em saias inspiradas no icônico New Look da maison.
Chiuri explicou que a ideia da instalação Aura refere-se ao fato de que a alta costura “é um terreno perpetuamente fértil para a contemplação onde a reprodução do original nunca é a mesma”. Assim como cada peça de roupa é inevitavelmente adaptada ao corpo de quem a usa e, portanto, carrega uma aura específica.
Dado que se tratava de uma coleção de alta costura, a inspiração de Chiuri pareceu surpreendente. Tanto ela quanto o artista Ducrot citaram como inspiração Walter Benjamin e sua famosa obra “A Obra de Arte na Era da Produção Mecânica”, onde desenvolveu o conceito de aura. Este é um texto há muito citado pelos teóricos marxistas como um trabalho teórico de vital importância.
Chanel
A Chanel realizou seu desfile de Alta-Costura Primavera/Verão 2024 hoje, 23 de Janeiro no Grand Palais em Paris.
A atriz e embaixadora da marca, Margaret Qualley, abriu o desfile de Alta-Costura da Chanel, que aconteceu no Grand Palais, enquanto um botão gigante com o logotipo da Chanel descia do teto. Foi mais próximo de um cenário de Karl Lagerfeld que vimos desde que a diretora criativa Virginie Viard assumiu o comando em 2019. Vestindo meia-calça branca, um blazer combinando e uma minissaia com uma camada transparente de tule, Qualley também exibia um sorriso atrevido. Seu look era finalizado com uma gola branca e um laço preto na parte de trás da cabeça.
Senso de diversão e a ideia de vestir-se bem por se vestir bem foi claramente um dos temas principais da coleção. Veja, por exemplo, o fato de que todas as modelos usavam meia-calça branca. Foi uma jogada de styling genial que trouxe uma sensação muito vitoriana. Com sapatos pretos de tira em T, o visual só foi ainda mais enfatizado. E depois que o mundo abraçou de todo o coração as meias vermelhas, o branco parece ser o próximo passo óbvio para a tendência de legwear.
Trabalhando com o tema “beleza dentro da imperfeição do tempo”, a Chanel celebrou o botão de várias maneiras – e estreou um curta-metragem vinculado à coleção chamado ‘The Button’, estrelado por Qualley e com música inédita de Kendrick Lamar. Nas roupas, botões de todos os tipos apareceram nos vestidos transparentes, nos bolsos e em todos os casacos coloridos com parte de baixo arredondada. A mensagem clara: há capricho nos detalhes.
Esse capricho continuou em todo o núcleo da coleção. O onipresente blazer de tweed foi retrabalhado com uma camada leve e volumosa de tule. Grandes blazers de camélias prateadas com lantejoulas pontuadas também foram vistos na passarela e o babado de tule continuou nas golas e mangas. O vestido de noiva que encerrou o desfile foi atípico: um minivestido com grandes mangas de tule e uma capa esvoaçante por trás.
Todas as camadas de tule sobre tweed eram uma deliciosa exploração de textura, mas também se sentiam em casa na ideia de infância e feminilidade e como as duas se cruzam na moda. Nada diz tanto sobre esse assunto quanto a grande saia de tule rosa claro coberta por um mar de mini laços rosa que desfilou na passarela. Haviam também tops sutiãs e collants enfeitados sobre tops e vestidos de spandex. Entre jaquetas de lantejoulas combinadas com tutus grandes e camadas de tule aparecendo em vestidos sob medida, tudo parecia uma versão de Alta-Costura de brincar de se vestir como um adulto.
O que achou dos desfiles de Alta-Costura da Chanel e da Dior? Qual foi o seu favorito?