Grupo Kering e L’Occitane criam fundo climático
Um dos assuntos mais em alta dos últimos anos, a sustentabilidade vai muito além do cuidado com o meio ambiente, se tratando também do nosso estilo de vida e de nossas escolhas e ações como consumidores.
A indústria têxtil é uma das mais poluentes e maior impacto ambiental que existe, tendo uma estimativa de resíduos têxteis de 175 mil toneladas ao ano apenas no Brasil, onde apenas 36 mil toneladas são reaproveitadas segundo dados da ABIT.
Por isso, nos últimos tempos, inúmeras marcas de moda, principalmente no setor de luxo, vêm anunciando ações e medidas que pretendem tomar para garantir que sua produção tenha uma natureza mais sustentável e que tenha menor impacto no ambiente.
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O que é o caso do Grupo Kering e da L’Occitane, que acabaram de anunciar a criação de um fundo climático! Confiram mais detalhes sobre o fundo abaixo:
O Fundo Climático para a Natureza
O Grupo Kearing e a L’Occitane unem forças para lançar um fundo a favor da proteção da natureza. Em ocasião da COP15, a conferência mundial para a biodiversidade que acontece em Montreal de 07 a 19 de Dezembro, o conglomerado do luxo e o grupo cosmético anunciaram a criação do Fundo Climático para a Natureza para proteger e restaurar a natureza, com foco especial na independência das mulheres. Com 140 milhões de euros já comprometidos, o fundo tem como objetivo a chegar eventualmente à 300 milhões de euros e estará aberto a novas empresas parcerias.
“Mecanismos inovadores de financiamento são cruciais para canalizar o investimento tão necessário em soluções baseadas na natureza, se quisermos reverter o declínio da biodiversidade até 2030 e, simultaneamente, enfrentar as mudanças climáticas, que estão intrinsecamente interligadas com a natureza,” disse Marie-Claire Daveu, diretora de desenvolvimento sustentável e assuntos institucionais da Kering em comunicado de imprensa.
Ainda no mesmo comunicado, Daveu convida outras empresas “a aderir a esta ambiciosa iniciativa para contribuir para um futuro favorável à natureza”.
O fundo será gerido pela gestora Mirova, afiliada da Natixis Investment Managers dedicada ao investimento sustentável, e as operações começarão no primeiro trimestre de 2023 na forma de uma sociedade anônima simplificada com capital variável. Ele terá como objetivo apoiar “projetos de alta qualidade dedicados à proteção e restauração da natureza, o fundo também apoiará os agricultores em sua transição para práticas regenerativas, entregará créditos de carbono e gerará co-benefícios para as comunidades com ênfase específica no empoderamento das mulheres.”
As duas empresas francesas especificam no seu comunicado que os projetos financiados pelo fundo serão “principalmente localizados em países onde os investidores obtêm as suas principais matérias-primas”. Terão ainda de “contribuir de forma significativa para a promoção da independência das mulheres, nomeadamente preenchendo as lacunas existentes em matéria de acesso ao financiamento, à terra e à formação”. Sob esta ótica, o fundo e a Mirova se apoiarão no 2X Collaborative, um orgão intersetorial de promoção de investimentos numa ótica de gênero.
“O nosso planeta enfrenta uma crise mundial de clima e biodiversidade nunca antes vista”, lembra Adrien Geiger, diretor-geral da marca L’Occitane en Provence e responsável de desenvolvimento sustentável do grupo de cosmética. “Ainda que reduzir as nossas emissões e o nosso impacto no meio ambiente seja a nossa prioridade, o Climate Fund for Nature nos ajudará a ir mais além, apoiando projetos que incentivam práticas regenerativas que beneficiam não só a natureza, mas também as comunidades.”
O que acharam desta iniciativa das empresas francesas? Este é um passo muito importante para um futuro mais verde na moda e no planeta.