A grife Peter Pilotto e sua revolução na estamparia digital
A grife britânica Peter Pilotto se tornou reconhecida mundialmente pelas suas estampas digitais vibrantes e pelo uso de tecidos tecnológicos e modernos. Seu trabalho é tão distinto que a marca protagonizou a vanguarda da revolução na estamparia digital.
Em 2018, a grife ganhou ainda mais destaque por ser a escolhida para vestir a princesa Eugenie durante o casamento real.
Confira a seguir a história de Peter Pilotto.
A criação de Peter Pilotto
Peter Pilotto e Christopher De Vos são os estilistas por trás da grife Peter Pilotto, fundada em 2007. Diferente de muitas marcas lideradas por apenas um designer de moda, essa conta com dois designers em sua direção criativa.
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Pilotto possui descendência austríaca e italiana. O gosto pela moda é uma herança familiar, já que sua família é dona de uma boutique na Áustria que comercializa peças de grandes labels, incluindo Azzedine Alaia.
De Vos, por sua vez, tem descendência belga e peruana. Antes de ingressar na Peter Pilotto, acumulou vasta experiência na indústria de petróleo.
Os artistas se conheceram em 2000, enquanto estudavam na Academia Real de Belas-Artes, uma escola de arte da Antuérpia, na Bélgica. Apesar das origens e experiências diferentes, os dois tinham o amor pela moda em comum, além de interesses em temas como a ciência e natureza.
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Após se formar, a dupla seguiu caminhos diferentes. Enquanto Pilotto passou a se dedicar à criação de coleções próprias, De Vos mudou-se para Londres e começou a trabalhar para a grife de Vivienne Westwood.
Pilotto lançou a marca em 2007, com De Vos trabalhando apenas em tempo parcial. Foi nessa época que foi apresentada a primeira coleção feita pela grife, que desde o seu início já chamava a atenção da indústria pelo seu uso da impressão digital, algo não tão comum naquela época.
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Dessa forma, a Peter Pilotto alcançou sucesso instantâneo entre os críticos, recebendo inclusive o apoio de start-ups e um espaço em Londres para estabelecer seu estúdio, cedido pelo Centre for Fashion Enterprise.
Em 2008, De Vos deixou Westwood para dedicar-se plenamente a nova marca. Juntos, ele e Pilotto desenvolveram a assinatura de seu design e o DNA da grife. Enquanto Pilotto dava uma dedicação especial a tecidos e estampas, De Vos se concentrava na silhueta e no desenho das peças.
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A partir de então, a marca nunca mais parou de crescer. Em 2010, a grife ganhou o Swarovski Emerging Talent Award, do CFDA – Council of Fashion Designers of America.
A marca britânica é vendida atualmente em mais de 50 países, além de abastecer varejistas de luxo como a Net-a-Porter, Dover Street Market, Saks Fifth Avenue e Liberty.
Inovação e originalidade em dose dupla
Ao lançar sua marca em 2007 junto com Christopher de Vos, Peter Pilotto mal sabia que ajudariam a começar uma revolução na estamparia. Ao longo dos anos, a grife lançou diversas tendências com a criação de florais com cores vibrantes, estampas digitais, combinações entre xadrezes e florais, estampas com listras, etc.
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Essa injeção de originalidade e inovação foi determinante para o universo fashion, que após décadas de sólidos preto ou cinza, pouco havia explorado esse lado da moda. Foi com essa atitude e ousadia que a Peter Pilotto se tornou um verdadeiro sinônimo de estampas digitais, aliando-as ao seu trabalho de criação de incríveis silhuetas.
A visão da marca sobre o vestuário feminino abrange perspectivas inovadoras e clássicas sobre elegância. A assinatura do duo passa por evoluções constantes, e é explorada a cada estação. Isso faz com que a marca esteja sempre um passo à frente da indústria da moda, adiantando-se a tendências e mantendo sua grife em constante modo de (r)evolução.
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A dupla mantém sua metodologia inicial de trabalho, com Pilotto dedicando-se aos tecidos e estampas, enquanto que De Vos trabalha com a silhueta e seus designs.
A cliente da Peter Pilotto é única. É difícil classificá-la acerca de categorias, como idade ou estilo, assim como as próprias roupas da marca, que são amplamente democráticas e agradam públicos diversos.
Arte e moda de mãos dadas
Para a Peter Pilotto, a arte e a moda sempre andaram juntas e de maneira harmônica.
Na coleção de outono-inverno de 2016, a grife exibiu nas passarelas a sua colaboração com o pintor britânico Caragh Thuring.
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Mais tarde, nesse mesmo ano, a dupla convidou a escultora Francis Upritchard para colaborar em uma coleção lançada exclusivamente na varejista de luxo MatchesFashion.com.
Para a primavera-verão 2017, a dupla lançou uma coleção em celebração ao barroco tropical, com uma viagem através dos Andes e sua cultura e paisagens locais.
Para isso, exploraram a paleta de cores vibrantes explorada pelo arquiteto mexicano Luis Barragán, desde as cores quentes até os afrescos desbotados pelo sol. Essa não foi a primeira vez que uma marca do mundo fashion fez uso da linguagem mística de Barragán como uma espécie de idioma, brincando de maneira furtiva com geometrias, cores e texturas.
Parceria com a Kipling
Os estilistas da Peter Pilotto se uniram à icônica marca de bolsas Kipling em 2010, para criar uma coleção-cápsula que deu o que falar com seu tema cósmico e futurista.
Isabelle Cheron, diretora de criação da Kipling, compartilha da paixão pela impressão digital que fez da Peter Pilotto o que a marca é hoje.
Na época do lançamento da coleção, a dupla de designers disse à Vogue:
“Quando começamos a desenvolver as estampas para esta coleção, pensamos em um viajante intergalático, uma espécie de nômade do mundo exterior que está explorando e descobrindo”.
A coleção era composta por bolsas de ombro, mochilas e carteiras, tudo com estampas galácticas, especialmente projetadas por Pilotto. Todas as peças foram complementadas, é claro, com o macaquinho que é marca registrada da Kipling. No total, foram lançados 11 itens em duas estampas.
No Reino Unido, a coleção foi lançada exclusivamente pela Selfridges, cadeia de lojas de departamento. Aqui no Brasil foram lançados apenas cinco produtos: duas bolsas, uma mochila, necessaire e carteira.
A noiva do ano
Como já é sabido, sempre que há um casamento real há enormes expectativas sobre qual será o estilista escolhido para fazer o vestido da noiva. No caso da Princesa Eugenie, foram dois estilistas escolhidos: os designers responsáveis pela grife Peter Pilotto.
Um legítimo vestido Peter Pilotto foi escolhido para compor o look da Princesa Eugenie, o que fez com que os flashs e olhos de todo o mundo se voltassem à marca britânica.
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Eugenie casou-se com Jack Brooksbank na Capela St. George, no Castelo de Windsor em 12 de outubro de 2018, após oito anos de namoro e um noivado celebrado no início deste ano.
Muitos esperavam que ela usasse um vestido Erdem ou de Vivienne Westwood, marcas britânicas que ela já havia sido fotografada vestindo antes. No entanto, Eugenie surpreendeu a todos ao escolher uma marca menos conhecida da London Fashion Week.
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Esse foi o segundo casamento do ano celebrado pela coroa britânica. O primeiro foi o de Meghan Markle, Duquesa de Sussex, e do Príncipe Harry, que também se casaram meses antes na Capela St. George.
Eugenie é filha de Sarah Ferguson, Duquesa de Iorque, com Andrew, o caçula da Rainha Elizabeth, e ocupa o nono lugar na linha de sucessão ao trono.
A escolha de Eugenie por um vestido feito pelos estilistas da Peter Pilotto deve se converter em muito reconhecimento para a grife britânica daqui pra frente. E você, o que achou da escolha de Eugenie? Deixe sua opinião nos comentários abaixo.