Supreme – A icônica parceria com a Louis Vuitton
Em 2017, o mundo da moda foi surpreendido pela parceria entre a Louis Vuitton e a marca de streetwear, Supreme.
O anúncio da coleção gerou surpresa, já que as duas marcas protagonizaram uma disputa jurídica nos anos 2000.
A Supreme havia lançado, na época, uma coleção de camisetas e skates com os icônicos monogramas da grife francesa.
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Como consequência, a justiça obrigou a marca a retirar das prateleiras os produtos que continham o monograma da Louis Vuitton. A ação aconteceu após duas semanas do lançamento da coleção.
A prática é conhecida no mundo do direito como cease and desist. O termo pode ser entendido como uma ordem jurídica para cessar uma atividade.
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A parceria acabou com o mal-estar entre as duas marcas. No desfile de Outono/Inverno 2017-2018 da linha masculina da Louis Vuitton, os apaixonados por moda finalmente puderam conhecer as tão esperadas peças da coleção.
Antes de falar sobre a icônica parceria, vamos conhecer um pouco a marca que faz a cabeça dos jovens e que despertou o interesse de uma das maiores grifes de luxo.
A Supreme
Fundada em 1994 pelo empresário James Jebbia, a marca logo se tornou queridinha da comunidade de skatistas. O nome é uma homenagem à música Love Supreme, de John Coltrane.
A empreitada de James foi possível graças à experiência que ele adquiriu no período em que trabalhou em lojas especializadas em skate. O interesse de James por moda se manifestou quando ele ainda morava em Londres, sua cidade natal. Além da experiência, o jovem era consumidor assíduo de revistas como The Face e I-D.
Para concretizar sua ideia, o fundador da marca escolheu a Rua Lafayette, no famoso bairro do Soho, em Nova York, como primeiro endereço da Supreme. A matriz da loja permanece no mesmo local.
Uma ideia inovadora
A ideia de fundar a Supreme veio, segundo James Jebbia, da necessidade percebida por ele de ter opções de lojas de skate voltadas para o público adulto. James relatou em entrevista que nos anos 90, o público-alvo das empresas de skate eram garotos de 13 anos. Os skatistas mais velhos de cidades como Nova York não tinham muitas opções de lojas de roupas.
Em pouco tempo, autenticidade passou a ser a palavra-chave para definir a marca.
A aura Supreme
Os especialistas em moda classificam a primeira loja da Supreme como uma espécie de junção entre clube, galeria de arte e ponto de encontro de skatistas. Mais do que uma marca, a Supreme era vista como uma propagadora de um estilo de vida. Nicho era a palavra que melhor definia a marca.
A primeira coleção da Supreme era composta apenas por camisetas e moletons, porém em pouco tempo já era possível encontrar uma linha completa de roupas esportivas.
Desde a sua fundação, a marca sempre trabalhou com a ideia de limitação. Poucas peças eram produzidas pela loja.
Outra característica da Supreme é a discrição de seu fundador. James raramente concede entrevistas. Para ele, os produtos devem ser os grandes protagonistas da marca.
O Sucesso da Supreme
Além da ênfase nos produtos, quando se fala em Supreme é impossível não mencionar o sucesso das suas estratégias de marketing.
A marca aposta na exclusividade, um número pequeno de peças de cada modelo é produzido. Além disso, as edições são limitadas e é impossível ver reedições de coleções. Tal característica, despertou o interesse da geração Hypebeast (pessoas que se interessam pela raridade e pelo alto valor do produto).
Existem até mesmo, sites e grupos em redes sociais como Instagram e Facebook com o objetivo de divulgar e mapear os eventos e produtos da marca.
Quando uma nova coleção é anunciada, forma-se um verdadeiro alvoroço. Os admiradores da marca chegam a permanecer nas filas por horas ou até mesmo por dias.
A revista de cultura de Berlim, O32C, classificou a Supreme como o Santo Graal da alta-costura juvenil de rua
Os jovens amam a Supreme
Além dos skatistas, a marca agrega atualmente outras tribos. Cantores de hip-hop como Kanye West e Drake são ótimos exemplos. Ao serem vistos usando camisetas da marca, eles influenciaram jovens de diversas partes do mundo a consumirem os produtos da Supreme.
Uma pesquisa realizada pelo banco de investimentos americano Piper Jaffray, revelou que a Supreme estava em 7º lugar entre as marcas preferidas da geração Z (jovens nascidos entre o fim da década de 1990 e 2010). O relatório foi obtido através de um questionário com 6 mil adolescentes com idade de 16 anos em 40 estados norte-americanos. A Nike liderou o ranking das marcas preferidas dos jovens.
Parceria é grande aposta de Supreme
Além da atenção dada ao marketing, parcerias com artistas e outras marcas também é uma estratégia adotada frequentemente pela Supreme. Mark Gonzales, Damien Hirst e Richard Prince são alguns dos artistas que já emprestaram seus talentos para a marca. Figuraram entre as marcas parceiras da Supreme, a Nike, a Levi’s, a North Face, entre diversas outras.
Em rara entrevista concedida ao jornal The New York Times, James atribuiu o sucesso da marca à criação de uma identidade própria e estética única.
Para o fundador da Supreme, o principal objetivo é manter a aura da marca.
A seletividade da Supreme também está no número de lojas. São três lojas nos Estados Unidos (Nova York, Brooklyn e Los Angeles), uma na Inglaterra (Londres), uma loja na França (Paris) e cinco lojas no Japão (três em Tóquio, uma em Nagoia, uma em Osaka e uma em Fukouka). Ao total, são apenas 11 lojas ao redor do mundo.
No período de seis anos, a marca abriu apenas duas novas lojas. O crescimento lento é uma poderosa estratégia de marketing da marca.
O plano de negócios da Supreme parece ter dado mais do que certo. A marca é classificada como um unicórnio. O termo se refere às startups com valor de mercado superior a US$ 1 bilhão.
Colaboração entre grifes de luxo e marcas de street style
Com objetivo de expandir o mercado consumidor, grifes de luxo tem apostado em parcerias com marcas e artistas ligados ao streetwear. Não é novidade para ninguém, que os jovens têm se tornado consumidores em potencial de produtos com alto valor agregado.
Pensando nisso, em 2016, a Gucci apresentou no seu desfile na Semana de Moda de Milão, peças pintadas com os grafites do artista Trevor “Trouble” Andrew. Jaquetas, bolsas e camisetas da grife ganharam estampas com releituras do logo da Gucci feitas pelo artista.
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Assim como a Gucci, a Burberry também investiu em uma colaboração.
Em janeiro deste ano, o mundo da moda assistiu a parceria entre o estilista russo Gosha Rubchinskiy e a marca. O estilista é um dos maiores nomes do streetwear.
A parceria resultou em uma coleção cápsula composta por peças como jaquetas, sobretudos, camisas de mangas curtas, chapéu estilo pescador e camisa xadrez oversized de flanela.
Outra parceria que animou o mundo fashion foi entre a Tommy Hilfiger e a Vetements, uma marca francesa que aposta no estilo de rua. Bonés, moletons, meias e camisetas estão entre as peças da coleção-cápsula da parceria.
Coleção Supreme – Louis Vuitton
A possível parceria entre a grife de luxo francesa Louis Vuitton e a marca de streetwear Supreme, deixou a internet animada no início de 2017.
A expectativa foi causada por uma imagem que circulou nas redes sociais de um suéter com as logomarcas da Louis Vuitton e da Supreme.
A confirmação da parceira aconteceu poucos dias depois. A icônica coleção pode ser considerada um dos eventos mais aguardados do mundo da moda.
A exclusividade da coleção
No desfile de Outono-Inverno 2017-2018 da linha masculina da Louis Vuitton foi possível perceber que o street style da Supreme e a sofisticação da grife francesa fizeram um casamento perfeito.
Segundo Kim Jones, diretor criativo da grife, artistas nova-iorquinos como Jean-Michel Basquiat, Julian Schnabel, Keith Haring e Andy Warhol, inspiraram a coleção. Além disso, a escolha da Supreme como parceira se deve ao fato de que Jones considera a marca um fenômeno global.
Ao todo, 55 peças compõem a coleção. Entre elas, estão: jaquetas, bandanas, jeans, pochetes vermelhas, camisas de beisebol, casacos oversizes, sneakers, suéteres, calças largas, cintos e camisetas tipo pijama.
Entre as estampas utilizadas, destacam-se a militar com tecido denim (tecido de algodão resistente). O vermelho predominou nas peças da coleção, cor associada à Supreme.
Uma característica que chama atenção em ambas as marcas é a logomania. Em diversas peças das marcas, as logomarcas são as grandes protagonistas. Como era de se esperar, as logomarcas da Supreme e da Louis Vuitton se destacaram nas peças da coleção.
Assim como em suas coleções regulares, a Supreme optou por manter a exclusividade. A partir do dia 30 de junho de 2017, as peças da coleção Supreme – Louis Vuitton poderiam ser encontradas em algumas pop-up stores. As lojas estavam localizadas apenas nas cidades de Sydney, Tóquio, Paris, Londres, Miami, Los Angeles e Seul.
Outra característica que chamou atenção foi a variação de preços. O item mais barato um charm, poderia ser adquirido por 195 euros. Já o produto mais caro da coleção, uma Malle Courrier personalizada, custava em média 50 mil euros.
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Poucas peças foram produzidas e atualmente é quase impossível encontrá-las nas lojas. A exclusividade naturalmente fez com que os preços dos produtos atingissem valores surpreendentes. Uma jaqueta bomber que custava originalmente US$ 1.100 pode ser encontrada em sites especializados em revenda por US$ 28.000.
O modelo da jaqueta de basebol usada pelo Neymar, foi avaliado em R$60 mil. Além do jogador, outros jovens famosos já foram vistos com as cobiçadas peças da coleção. Kendall Jenner e Gigi Hadid são algumas das celebridades que investiram nas peças.
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Além dos produtos da coleção, a Louis Vuitton decidiu produzir um kit de skate. Os monogramas das duas marcas escritos em vermelho e branco se destacam.
Como a Supreme trabalha com a ideia de exclusividade, atualmente as peças da coleção podem ser encontradas quase que exclusivamente em sites especializados em revenda.