Louis Vuitton Cruise 2026: Tudo sobre o desfile teatral no Palais des Papes
Na tarde da última quinta-feira (22.05), a Louis Vuitton chamou a atenção do mundo da moda e agitou as redes sociais ao apresentar sua coleção Cruise 2026 em Avignon, na França. O cenário escolhido foi o icônico Palais des Papes, um dos maiores símbolos da arquitetura gótica europeia e Patrimônio Mundial da UNESCO.
Erguido no século XIV como sede da Igreja Católica durante o papado de Avignon, o palácio já foi palco de seis conclaves. Mas, desta vez, foi a moda – e o luxo – que assumiu o trono, com um desfile que mais parecia uma encenação de teatro: os convidados se sentaram no centro do palco enquanto as modelos desfilavam ao redor, e ao final, tomaram seus lugares na plateia — como se trocassem de papel com o público. Um gesto simbólico, criativo e dramático, idealizado pelo diretor criativo da marca, Nicolas Ghesquière.
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Desfile Louis Vuitton Cruise 2026
Com inspiração na arquitetura gótica do próprio palácio, a Cruise 2026 da Louis Vuitton mergulhou em uma estética medieval poderosa. Capas volumosas, túnicas dramáticas, botas com acabamento em espelhos e malhas desconstruídas criam um visual que remete a cavaleiros e heroínas de uma era distante. Como o próprio Ghesquière definiu com um sorriso: “armadura feminina para o dia a dia”.
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A coleção, no entanto, não fica presa ao passado. Em meio a essa narrativa histórica, surgem elementos de modernidade: minissaias estruturadas, hotpants ousadas, silhuetas curtas e ousadas, que reforçam a ideia de força e liberdade. O resultado é um mix afiado de texturas contrastantes, cores intensas, mangas bufantes e volumes bem resolvidos — tudo em perfeita harmonia.
Destaques para os acessórios
Se as roupas já encantaram, os acessórios da coleção Cruise 2026 da Louis Vuitton também merecem aplausos. As botas foram um dos pontos altos: algumas inteiramente cobertas por metais espelhados, outras com ilhoses estrategicamente aplicados, criando um efeito visual entre o gótico e o glam.
As bolsas ganharam interpretações surpreendentes: modelos que lembram baús de madeira, com arabescos tridimensionais e estampas que evocam manuscritos medievais, marcaram presença. Uma atenção especial foi dada aos clássicos da maison, como a icônica bolsa Alma, que apareceu em versões repaginadas — mais ousadas, com texturas e detalhes inspirados no contexto histórico do desfile. A famosa e desejada twist também marcou presenença em novas versões ainda mais contemporâneas.
Tudo, é claro, em sintonia com o cenário: o Palais des Papes, construído em 1335, serviu como ponto de partida para uma coleção rica em simbologias religiosas e referências a figuras históricas como Joana d’Arc, traduzidas com maestria em cada detalhe.
A força criativa de Nicolas Ghesquière: O estilista da Louis Vuitton
Desde que assumiu a direção criativa da Louis Vuitton em 2013, Nicolas Ghesquière é conhecido por criar coleções que são ao mesmo tempo intelectuais e viscerais. Ex-diretor criativo da Balenciaga, ele transportou para a Louis Vuitton sua paixão pela história da moda, pela arquitetura e pelo sci-fi, tornando cada desfile um exercício de narrativa e inovação.
Sob sua liderança, a Louis Vuitton — uma marca que começou em 1854 como fabricante de malas de viagem — ampliou ainda mais seu papel como gigante do luxo global. Com presença em dezenas de países, coleções icônicas e colaborações impactantes, a maison é hoje sinônimo de prestígio, sofisticação e vanguarda.
E os desfiles Cruise são, sem dúvida, uma de suas vitrines mais poderosas. Em edições anteriores, a grife já ocupou cenários como, por exemplo, o Museu de Arte Contemporânea de Niterói (Brasil), o TWA Flight Center em Nova York, o Salk Institute na Califórnia e o Château de Chambord. Com Avignon, a Louis Vuitton reafirma seu compromisso em unir moda, cultura e espetáculo.
Desfile Louis Vuitton Cruise 2026: Uma coleção digna de memória e de feed
A Cruise 2026 da Louis Vuitton não foi apenas uma coleção— foi uma imersão sensorial, um roteiro de moda com referências históricas e visuais cinematográficos. E como já é tradição nas apresentações de Ghesquière, tudo funcionou com perfeição: a locação, o casting, a narrativa e, claro, os looks. Um desfile pensada para impressionar — e conquistar. Mas e você, o que achou das tendências propostas pela maison francesa para a próxima temporada?
