Os destaques da Semana de Moda de Milão!
Um dos maiores e mais esperados eventos do calendário da indústria da moda começou: a Semana de Moda de Milão. Depois de Nova Iorque e Londres, é a vez da capital da moda italiana ser o palco de desfiles e apresentações das principais marcas de moda do mundo.
De 19 a 25 de Setembro, profissionais do ramo, celebridades e fashionistas de todo o mundo se reuniram na cidade italiana para comparecer aos desfiles das principais grifes de luxo como Versace, Fendi e Gucci e conferir as apostas para a temporada Primavera/Verão 2024.
Confira abaixo os destaques, até o momento, da Semana de Moda de Milão:
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Prada
Sob a direção de Miuccia Prada e Raf Simmons, a Prada continua a explorar novos horizontes. Isso pode ser visto nitidamente em sua coleção direcional e provocante apresentada em Milão em 21 de setembro: uma mistura de luz, neblina e fluidez.
A dupla experimentou tecidos técnicos extraordinários, tão leves que parecem feitos de fumo. Uma série de designs hipermodernos apresentados em frente a camadas de cola transparente. Uma ideia que já tinham testado durante o desfile masculino apresentado em Junho deste ano.
Em termos de silhueta, exploraram vários novos formatos, desde blusões finos em forma de V ascendente até parkas habilmente grandes. A dupla fez grande uso de seu atelier na criação de belos vestidos bordados e saias cobertas de lantejoulas, cristais e miçangas.
Minissaias feitas apenas de franjas pareciam flutuar pela passarela, dentro do espaço expositivo sob medida que a Prada preparou. A dupla de designers também revelou uma impressionante bolsa renovada batizada de “1913”, recuperada dos arquivos e desenvolvida pela primeira vez pelo avô de Miuccia.
No geral, a coleção seguiu elementos do desfile masculino de junho, desde extensões de lençóis a ricos tecidos de lã. Embora, com a decoração de elementos masculinos, a feminilidade fosse exaltada.
Tom Ford
O sucessor do estilista homônimo e ex-diretor de design da Tom Ford, Peter Hawkings, fez sua estreia com uma coleção deslumbrante, elegante e sofisticada.
Hawkings fez com que sua equipe de produção convertesse a gigantesca pista de gelo do Palazzo del Ghiaccio em uma boate, com bancos acolchoados e um túnel de entrada alongado com um tapete felpudo. Mas em vez do preto, ele optou por um tom chocolate profundo, anunciando a paleta de cores da coleção.
Tudo começou com pura elegância, tudo em preto: gabardinas de crocodilo com botas de couro envernizado até a coxa; macacões de caxemira com botões abertos até o umbigo; ternos de pele de cobra com minissaias; vestidos de penas femme fatale. Em seguida, o estilista acrescentou uma dose de tons de sorvete: minivestidos safári laranja; smokings turquesa e terninhos rosa. Todos adornados com pulseiras de ouro polido, sapatos tipo slingback com correntes de ouro e clutches T-lock.
Apesar do cenário noturno, todos os modelos usavam óculos escuros, categoria em que a Ford tem pouca concorrência no que diz respeito a criar um gigantesco êxito de licenças. A coleção e o desfile foram um triunfo para Ford, justamente porque havia muitos looks com referências e elementos do seu estilo, o que mostrou que se trata de uma marca com muita profundidade.
Moschino
A Moschino comemorou o seu 40.º aniversário com um desfile festivo e comovente de muito sucesso. A marca italiana teve a ideia de confiar esta celebração a quatro estilistas consideradas das profissionais mais influentes do momento: Carlyne Cerf de Dudzeele, Katie Grand, Gabriella Karefa-Johnson e Lucia Liu.
Longe de ser um desfile nostálgico voltado para o passado, o evento mostrou como o fundador da marca, Franco Moschino, estava à frente do seu tempo com uma coleção apetecível.
Cada uma delas criou 10 silhuetas, utilizando peças icônicas da maison ou simplesmente inspirando-se no espírito de Franco Moschino, que criou a sua marca em Milão em 1983. Resultado: uma coleção densa que expressa as diferentes almas do costureiro. A ironia cáustica, a irreverência, o glamour chique, a extravagância e, claro, a provocação.
O primeiro ato foi assinado pela francesa Carlyne Cerf de Dudzeele e ela apresentou casacos trespassados brancos, o vestido preto, o suéter por cima dos jeans… A estilista revisitou os clássicos do guarda-roupa feminino, como Franco Moschino fez na sua época com respeito e humor, deixando tudo ultra cool. Acentuadas com pedras cintilantes e rios de diamantes, incluindo os chapéus altos de malha de lã preta, as silhuetasa preto e branco exalam um chique natural, ao mesmo tempo sofisticado e descontraído.
O segundo ato foi assinado pela afro-americana Gabriella Karefa-Johnson que brincou com estilos, desde a. cowgirl até à dançarina andaluza. Também se divertiu com contrastes através de um mix and match de rendas, malhas, folhas, franjas e materiais cintilantes num caleidoscópio de cores. A sua coleção liberta uma bela energia reinterpretando alguns acessórios recorrentes de Franco Moschino, como chapéus de cowboy ou brincos exagerados.
A chinesa Lucia Liu ficou mais seduzida pelo estilo romântico e menos conhecido de Franco Moschino, com uma coleção que dá destaque à lingerie, com rendas, grandes laços, transparências, bordados e aplicações de penas, tudo trabalhado em contraste com peças masculinas, como o casaco de flanela cinza, que se infiltra nos looks.
Por fim, a britânica Katie Grand, conhecida pela sua estética pop e excêntrica celebrou a veia mais transgressora e política de Franco Moschino partindo dos seus slogans e criando uma novidade: “luxe bruyant”, luxo barulhento, em oposição ao luxo tranquilo.
Antes de fechar a cortina, as modelos dão uma última volta na passarela usando jeans com T-shirts brancas com slogan. Tudo produzido em edição limitada e colocado à venda no final da mostra. O dinheiro arrecadado com as vendas será doado à Fundação Elton John Aids.
Estes foram apenas alguns destaques dos primeiros dias da Semana de Moda de Milão! Qual seu desfile favorito até agora?