O Verde Bottega Veneta: Desvendando a Famosa Cor da Marca Italiana!
Na indústria da moda, são poucas as marcas que possuem uma cor como símbolo distintivo tão marcante quanto o “Verde Bottega Veneta”. Fundada em 1966 por Michele Taddei e Rengo Zengiaro, a marca italiana é atualmente liderada pelo diretor criativo Mattieu Blazy. No entanto, foi seu antecessor, o estilista Daniel Lee , quem introduziu um dos códigos visuais mais reconhecíveis da grife. Estamos falando de um tom de verde vibrante, amplamente popularizado e já imortalizado como Verde Bottega.
Para entender o surgimento da tonalidade é importante relembrarmos resumidamente a história e o legado da BV. Afinal, foi só após o Gucci Group adquirir parte da empresa, que a Bottega evoluiu para a marca que hoje conhecemos, com Thomas Maier assumindo o papel de diretor criativo em 2001.
Maier rompeu com a estética dos monogramas e logotipos típicos de outras grifes de luxo, consolidando a identidade da Bottega através do Intrecciato, uma técnica de entrelaçamento de tiras de couro presentes nos acessórios, que reflete toda a tradição artesanal da grife.
Em 2018, Daniel Lee assumiu a direção criativa, revigorando a etiqueta e injetando jovialidade em suas criações. Seus lançamentos de bolsas se tornaram verdadeiros objetos de desejo entre os fashionistas. E foi justamente aí que Lee (hoje no comando da Burberry) introduziu o famoso Verde Bottega, responsável em grande parte por revitalizar a tradicional maison italiana, e despertar o interesse de um público mais jovem.
Quando surgiu o Verde Bottega?
Apesar de ter experimentado a cor em suas coleções anteriores, Daniel Lee mergulhou de cabeça nas criações com a tonalidade de trevos da sorte durante o desfile da marca na primavera de 2021. As modelos desfilaram por uma sala tingida de verde, vestindo vestidos de malha verde e calçando sapatos de couro verde.
Ternos e bolsas também ostentavam a mesma tonalidade. Ao término do mandato de três anos do designer, foi essa paleta vibrante de verde, juntamente com os icônicos acessórios criados por ele, como a bolsa Pouch e as botas Puddle, que chamaram a atenção e impulsionaram a grife de luxo italiana para uma popularidade sem precedentes.
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No mundo da moda, algumas cores têm uma história complexa, cheia de simbolismos e associações culturais. Uma dessas cores é o verde, que ao longo dos séculos foi envolto em uma aura de mistério e até mesmo de conotações negativas. No entanto, o verde que já foi considerado uma cor difícil de combinar acabou se destacando cada vez mais. Ele se torno uma escolha ousada , desafiando os estereótipos do passado. E, não há dúvidas, que o Verde Bottega contribuiu e muito para essa mudança e ascenção da cor no universo fashion.
Um Olhar Além do Verde Bottega Veneta
Embora a BV tenha se destacado com o seu famoso Verde Bottega, Daniel Lee não foi o primeiro a utilizar essa “fórmula de sucesso”. Enquanto o mérito por esse verde específico pode ser atribuído a ele, outras grifes de prestígio também deixaram sua marca com cores icônicas.
Um exemplo notável é Valentino, considerado o “rei do chic”, que se tornou mundialmente reconhecido pelo seu deslumbrante Vermelho Valentino. A tonalidade conquistou seu espaço até mesmo na Pantone. A maestria de Pierpaolo Piccioli também não pode ser ignorada. Afinal, o designer que acaba de deixar a maison, trouxe a grife Valentino novamente aos holofotes com a criação da deslumbrante cor Pink PP. A tonalidade de rosa vibrante, mais uma vez ganhou sua referência oficial na paleta da Pantone.
A verdade é que, em um cenário em que marcas de luxo competem para se destacar em meio a uma oferta saturada e uma desaceleração no consumo, as cores emergiram como um ingrediente poderoso para diferenciação e, consequentemente, para a criação de uma assinatura única.
Prova disto, é que Sabato de Sarno também está adotando uma tonalidade de vermelho escuro para sua era na Gucci. Maximilian Davis também escolheu uma cor vermelha para distinguir a Ferramo, porém mais viva. Enquanto isso, Daniel Lee, atualmente à frente da direção criativa da Burberry, segue a mesma linha, optando por uma tonalidade sóbria de azul para a famosa grife brtiânica que é reconhecida pelo seu padrão de xadrez.
Mas a dúvida que fica é: será que essas cores se tornarão sinônimos de suas respectivas casas como o emblemático Verde Bottega?
As Famosas Cores da Moda
A simbologia cultural das cores e suas associações psicológicas têm sido exploradas há décadas. Teóricos como Faben Birren, consultor de empresas renomadas na década de 1950, já entendiam o poder das cores em evocar emoções nos consumidores.
Mais do que uma simples escolha estética, as cores hoje representam um ponto crucial para a diferenciação e o status das marcas. Assim como as fontes serifadas, elas se tornaram um mecanismo essencial de branding. Além disso, elas são capazes de atualizar ou garantir o poder das marcas para além de seus nomes, tendo o mesmo efeito de um monograma que permite que uma peça seja reconhecida em qualquer lugar do mundo.
Neste contexto, é fascinante observar como as cores não apenas brilham nas passarelas, mas também desempenham um papel fundamental na narrativa e na identidade das marcas de luxo por trás delas. Elas vão além da mera estética, tornando-se símbolos de status e distinção, moldando as percepções e emoções dos consumidores em um nível profundo e duradouro.
Mas e aí, você já conhecia a história do icônico Verde Bottega?