Especial Dia da Mulher: Mulheres à frente de grandes marcas
É comemorado no dia 08 de Março o Dia Internacional da Mulher. A celebração foi instituída após um evento intitulado “Dia da Mulher” que ocorreu em Fevereiro de 1909 na cidade de Nova York, marcado por diversas manifestações pela igualdade de direitos civis e a favor do voto feminino, o qual era proibido até então.
A data homenageia as mulheres de todo o mundo e simboliza a história de superação, dedicação e luta por direitos no decorrer da história.
Conheça um pouco mais da história de seis incríveis estilistas que estão à frente de grandes marcas de moda:
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1. Stella McCartney – Stella McCartney
Filha do famoso ex-baixista dos Beatles, Sir Paul McCartney, e da fotógrafa americana Linda McCartney, a designer precisou provar todo seu potencial e talento no mundo da moda. Stella demonstrou interesse pelo mundo da moda desde adolescente, costurando sua primeira jaqueta aos 13 anos de idade.
Em 1986, foi assistente do estilista Christian Lacroix e, em seguida, estagiou com Edward Sexton, que era alfaiate de seu pai. Em seu desfile de graduação na conceituada Central Saint Martins em Londres, sua coleção chamou grande atenção, não apenas pela trilha sonora composta por seu pai ou pela presença de grandes nomes da moda como Naomi Campbell e Kate Moss, mas também por seu estilo consciente natural, feminino, sexy e, ao mesmo tempo elegante.
A coleção foi comprada imediatamente pela butique londrina Tokio, e logo em seguida suas criações começaram a ser vendidas nas melhores lojas de departamento do mundo, como Browns, Joseph, Bergdorf Goodman e Neiman Marcus.
Sua marca homônima nasceu em 2001, depois de passar pela direção criativa da marca francesa Chloé. Stella McCartney trabalha com alfaiataria precisa e mantem um estilo feminino e sofisticado.
A estilista foi a primeira designer que mostrou que é possível uma marca existir no ambiente de luxo vendendo acessórios e roupas que passam longe de qualquer animal. Suas peças utilizam matérias-primas ecológicas e tecidos orgânicos, cujo estilo sensual e elegante é repleto de estampas delicadas como flores e borboletas.
2. Miuccia Prada – Prada e Miu Miu
A moda sempre esteve presente na vida de Miuccia Prada, já que a mesma é neta de Mario Prada, um dos fundador da luxuosa marca Prada.
Mario e seu irmão, Martino, fundaram a marca no ano de 1913 em Milão, com o nome de Fratelli Prada (irmãos Prada em italiano). Os irmãos abriram sua primeira loja na prestigiada Galleria Vittorio Emanuele II em 1913, onde vendiam e produziam exclusivos acessórios de luxo, como malas de viagem, bolsas e acessórios em couros especiais e diferenciados, como couro de leão marinho, que era importado da Inglaterra.
A marca ficou conhecida por seus artigos de alta qualidade e luxo e, já em 1919, a loja em Milão virou a favorita da realeza e aristocracia italiana. Além de ser apontada como fornecedora oficial da Família Real Italiana.
Antes de ingressar no mundo da moda, Miuccia cursou Ciências Políticas na Universidade de Milão. Ingressou na marca da família (que tinha sua mãe, Luiza Prada como sucessora de Mario) nos anos 80, no departamento de acessórios, onde atualizou o design de toda a linha e também criou uma linha de mochilas confeccionada em nylon (ideia inovadora na marca, já que utilizavam apenas couro em suas peças).
Sua primeira coleção feminina para a Prada foi desfilada em 1988 e foi um sucesso de crítica. Em 1993, lançou a Miu Miu como uma segunda linha da Prada, que tinha como inspiração o seu próprio guarda roupa, além de possuir um estilo jovial e moderno.
Estando à frente da empresa, Miuccia a transformou em um império da moda e a consolidou como uma das referências no setor de luxo. Sua carreira é marcada por sua criatividade e pela busca do diferencial e inovador em suas criações.
3. Maria Grazia Chiuri – Valentino e Christian Dior
Maria Grazia Chiuri nasceu em Fevereiro de 1964 em Roma, Itália.
Estudou no Istituto Europeo di Design, localizado em sua cidade natal. No começo dos anos 80, Maria conheceu, através de amigos, Pierpalo Picciolli, que se tornou seu grande amigo e parceiro por muitos anos. Em 1989, foi contratada pela Fendi para trabalhar no departamento de acessórios e convenceu Pierpalo a se juntas à ela. A dupla permaneceu na marca por 10 anos, até Maria Grazia ser contratada pela Valentino para trabalhar no departamento de acessórios, levando seu parceiro criativo junto consigo.
No departamento, a dupla transformou as linhas de bolsas e de óculos de sol, repaginando os modelos existentes na marca. Quatro anos depois, Maria e Pierpalo foram selecionados para serem os estilistas da Red Valentino e, mais tarde, foram responsáveis pelas linhas de acessórios de toda a marca.
Após a aposentadoria de Valentino Garavani em 2007 e a breve estadia de Alessandra Facchinetti como diretora criativa da marca, Maria Grazia e Pierpalo foram apontados como co-diretores criativos em 2008, cargo que ocuparam por 8 anos. A dupla trouxe a Valentino de volta ao seu glamour e reconhecimento, revitalizando toda a marca.
A vida de Maria Grazia mudou mais uma vez em Julho de 2016, quando foi anunciada como a sucessora de Raf Simons na Dior. A italiana, pela primeira vez, deixou seu parceiro criativo para trás e assumiu a direção criativa da icônica marca francesa sozinha, se tornando a primeira mulher a assumir o cargo na história da Dior.
Sob a direção de Maria Grazia, a Dior trouxe de volta a marcante bolsa Saddle, além de trazer novas estratégias de marketing, como trabalhar com influencers nas mídias sociais.
4. Diane Von Furstenberg – DVF
Diane Simone Michelle Halfin nasceu no dia 31 de dezembro de 1946 na cidade de Bruxelas, sua família de classe média-alta era judia e sobrevivente do campo de concentração de Auschwitz. Antes de se tornar estilista, Diane foi princesa, quando casou-se com o príncipe Egon von Furstenberg, descendente de uma família alemã, aos 18 anos.
Em 1969, mudou-se para Nova Iorque com o marido, fato que mudou sua vida para sempre. Apesar de ser de uma classe alta e não ter necessidade de trabalhar, Diane desenhou uma coleção de vestido de jersey por hobby no ano de 1972 e seu talento foi elogiado pela lendária editora da Vogue, Diana Vreeland.
No ano seguinte, ao criar o icônico Wrap Dress (vestido envelope em tradução livre), que era confeccionado em jersey de algodão, cruzado na altura dos seios e fechado por um laço na cintura. O modelo rapidamente se tornou um sucesso entre as mulheres americanas, sendo usado desde mães de classe média à atrizes de Hollywood.
Diane era tão bem sucedida, que no ano de 1976, vendia 25 mil peças por semana. Seu slogan “Sinta-se como uma mulher, vista-se como uma mulher” se tornou referência de sua marca (que tinha como nome suas iniciais, DVF) e o wrap dress o must-have da temporada.
Apesar de ter tido um sucesso estrondoso nos anos 70, Diane deu uma pausa na carreira e mudou-se para Paris em 1985, onde trabalhou como editora. A estilista belga então retornou para os Estados Unidos onde fez sucesso com vendas pela televisão da linha de roupas Silk Assets no ano de 1992. Foi apenas no ano de 1997 que Diane voltou com sua marca (agora batizada com suas iniciais, DVF) e continua até hoje a ter grande êxito globalmente.
A estilista possui um estilo democrático e feminino, que valoriza todos os tipos de silhuetas, transmitindo feminilidade e sensualidade em suas peças.
5. Clare Waight Keller – Givenchy
Clare Waight Keller nasceu no Reino Unido e desde criança teve muito interesse pelo mundo da moda e aprendeu a tricotar com sua mãe quando tinha apenas cinco anos de idade. Anos mais tarde, estudou moda no Ravensbourne College of Art e fez mestrado em Moda de Tricô no Royal College of Art.
Foi contratada pela Calvin Klein diretamente da Universidade por causa de sua coleção de graduação. Clare então começou como estilista para a linha CK Calvin Klein e logo foi promovida para a linha feminina da marca americana. A britânica ficou na Calvin Klein por quatro anos, até ir para a Ralph Lauren, onde ocupou o cargo de estilista principal da linha masculina de etiqueta roxa.
No ano de 2000, Clare foi convidada por Tom Ford a trabalhar na Gucci como estilista sênior ao lado do brasileiro Francisco Costa e Christopher Bailey. Ela ficou na posição por cinco anos, até ser apontada como diretora criativa da marca Pringle of Scotland. Lá, a britânica reformulou totalmente a marca, sendo altamente aclamada pela crítica especializada.
Após onze anos à frente da Pringle of Scotland, Clare foi apontada como diretora criativa da Chloé em Maio de 2011, substituindo Hannah MacGibbon. Seu estilo romântico, maduro e com referências nos anos 70 se manteve fiel à marca, mas também trouxe ares modernos com um novo senso de vitalidade.
A estilista ficou à frente da Chloé por seis anos, até ser nomeada diretora artística da Givenchy. O novo cargo abrange diferentes departamentos da marca, como as linhas ready-to-wear- masculina e feminina, acessórios, alta costura, a imagem global da marca, além da linha infantil e de óculos de sol.
Um dos grandes momentos da carreira de Clare, que a colocou nos holofotes de todo o mundo, foi quando assinou o vestido de noiva de Meghan Markle para seu casamento com o Príncipe Harry.
6. Donatella Versace – Versace
Donatella Francesca Versace nasceu no dia 2 de Maio de 1955 em Reggio di Calabria, Itália. A mais nova de quatro filhos, Donatella sempre foi muito próxima de seu irmão mais velho, Gianni, que trabalhava no ateliê de sua mãe e sempre dizia à irmã como se vestir.
Gianni, com ajuda de seus irmãos Santo e Donatella, lançou sua própria marca, a Versace, no ano de 1978 em Milão, após alguns anos desenhando coleções para outras marcas. Enquanto o irmão tentava estabelecer seu nome na indústria da moda, Donatella estudava línguas estrangeiras na Universidade de Florença. Neste tempo, a italiana viajava com frequência para Milão com o intuito de ajudar o irmão com suas criações, já que o mesmo ainda trabalhava para outros estilistas ao mesmo tempo.
A estilista era conhecida por ser a musa de Gianni, sua inspiração para diversas coleções da marca, além de ser a referência para um dos perfumes da marca, o “Blonde”. A confiança de Gianni em Donatella era tanta, que o estilista deu à ela a linha Versus da Versace como um presente. A marca tinha como objetivo atingir consumidores mais jovens e se tornou muito popular entre celebridades de Hollywood, que foram vistas usando suas peças com frequência.
A vida de Donatella mudou drasticamente no dia 15 de Julho de 1997, quando Gianni foi assassinado na porta de sua mansão em Miami após dar sua caminhada matinal. O que muitos não sabem, é que a italiana dirigiu a companhia sozinha nos dois anos que antecederam o assassinato de Gianni, quando o mesmo passava por um tratamento contra câncer.
Depois da morte dele, a estilista deu continuidade ao incrível trabalho do irmão em todas as linhas da marca, que vão desde o prêt-à-porter, passando pela Versus, Versace Young, Versace Jeans, até a linha de acessórios, perfumes e maquiagem (a qual possui agora a ajuda de sua filha, Allegra Versace Beck, que também faz parte da diretoria da marca).
Próximo a virada do século, Donatella lançou para a marca novos segmentos como uma linha de maquiagem, a Versace Beauty e um complexo de luxo com hotel cinco estrelas, o Palazzo Versace, na Austrália. Atualmente, a marca possui um estilo que nos remete à um glamour escandaloso, a uma sensualidade atrevida, à riqueza e à ousadia, sem esquecer o conforto dos materiais e a liberdade que a silhueta deve ter.
Todas as mulheres possuem histórias inspiradoras de dedicação, grande criatividade e estilo. Qual a sua favorita? Nos contem nos comentários!
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