Dior: O Polêmico Vestido de Jornal de R$460 mil reaparece com Jenna Ortega
Você já ouviu falar do vestido de jornal da Dior? Essa peça icônica, que mistura moda e polêmica, voltou a ganhar os holofotes recentemente com Jenna Ortega — e carrega uma história que ultrapassa tendências. Criado pelo controverso John Galliano para a coleção de inverno de 2000, o vestido de jornal não é apenas uma criação exclusiva da grife francesa, mas um verdadeiro manifesto fashion que marcou a Dior e o mundo da moda para sempre.
Prepare-se para mergulhar em um dos momentos mais provocativos das passarelas dos anos 2000 — e entender por que, mais de duas décadas depois, esse vestido ainda causa impacto.
O vestido de jornal usado por Jenna Ortega: a polêmica criação de Galliano que voltou aos holofotes
Quando Jenna Ortega surgiu esta semana em Nova York na pré-estreia de Hurry Up Tomorrow: Além dos Holofotes com um vestido que mais parecia ter saído das páginas de um jornal, a internet veio abaixo. Mas o que poucos sabem é que essa peça icônica, eternizada por Carrie Bradshaw em Sex and the City, carrega uma história de moda, crítica social e controvérsias que envolvem a Dior e seu então diretor criativo, John Galliano.

O famoso “newspaper dress”, como ficou conhecido, foi criado pelo designer para a coleção Fall/Winter 2000 da Dior, intitulada Fly Girls. O estilista britânico, conhecido por suas criações teatrais e narrativas ousadas, lançou a estampa de jornal como parte de uma crítica — ou talvez um reflexo — da sociedade da época. O modelo, com corte enviesado e barra assimétrica, é decorado com títulos, textos e até fotos do próprio Galliano, transformando o corpo em um verdadeiro editorial ambulante.
Apesar do tom irônico e artístico da proposta, o vestido ganhou popularidade mundial quando Carrie Bradshaw (Sarah Jessica Parker) o usou na terceira temporada de Sex and the City, em 2000. A partir dali, estamparia de jornal virou febre: roupas, acessórios e até lençóis e toalhas de mesa foram dominados por esse visual urbano-intelectual.
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Galliano na Dior: ousadia, luxo e controvérsia
O período de John Galliano à frente da Dior (1996–2011) foi marcado por coleções que misturavam opulência e provocação. O estilista resgatava referências históricas, criava personagens em suas passarelas e frequentemente cruzava a linha tênue entre o artístico e o ofensivo.

Na mesma temporada em que o vestido de jornal foi apresentado, Galliano também lançou sua coleção de alta-costura chamada “Haute Homeless”. Inspirada nas socialites dos anos 1920 e 1930 que se vestiam de “mendigas” para festas temáticas, a proposta chocou. Modelos com maquiagem que imitava sujeira e roupas rasgadas desfilavam em trajes de alta-costura, causando revolta em parte da opinião pública. A crítica acusou Galliano de glamourizar a pobreza, e a loja da Dior em Paris chegou a ser depredada em protesto.
Ainda assim, essa estética subversiva virou um marco da moda dos anos 2000 — e se tornou um símbolo do impacto cultural que a maison Dior teve naquele período.

O retorno do Vestido de Jornal da Dior
Mais de vinte anos depois, Jenna Ortega trouxe o vestido de jornal de volta ao centro das atenções ao usá-lo para a pré-estreia de seu novo filme, reafirmando o poder cíclico da moda e a força das peças com história. A escolha foi certeira: Ortega, conhecida por seu estilo moderno com toques retrô, representou uma nova geração que revisita o passado com consciência estética e política.
A peça usada por ela, reeditada dos arquivos da Dior, reacendeu o interesse por essa era de Galliano — tanto que o vestido original, usado por Sarah Jessica Parker, foi leiloado em junho de 2023 por US$ 82 mil (cerca de R$ 460 mil), provando seu status de relíquia fashion.

Estampa de jornal: tendência eterna?
Apesar das polêmicas, é inegável que a estampa de jornal se transformou em um clássico pop. Além da Dior, outras marcas já exploraram o conceito, e a tendência segue reaparecendo em diferentes contextos culturais. Em tempos de fast fashion e redes sociais, peças com mensagens impressas — literais ou simbólicas — continuam a dialogar com o desejo de se expressar através da moda.
A escolha de Jenna Ortega mostra como a moda pode ser memória, manifesto e mídia — tudo ao mesmo tempo.

Mas e você, usaria uma peça tão carregada de história – e polêmica – quanto essa?