Sustentabilidade no luxo: Grupo Tapestry investe milhões em couro reciclado
A sustentabilidade no luxo deixou de ser uma promessa vaga para se tornar uma realidade estratégica. De coleções cápsula a investimentos sólidos em materiais alternativos, grandes grupos da moda vêm reformulando seus processos com o objetivo de unir excelência artesanal e responsabilidade ambiental. Não se trata mais de agradar um nicho específico, mas de responder a uma mudança global de mentalidade.
Por muito tempo, o mercado fashion de alto padrão foi associado exclusivamente a sofisticação, exclusividade e desejo. Mas, à medida que o comportamento do consumidor evolui, especialmente impulsionado pelas gerações mais jovens, valores como responsabilidade ambiental e transparência têm ocupado espaço central nas estratégias das grandes grifes. Prova disso é o recente investimento de US$ 15 milhões feito pela Tapestry Inc., grupo responsável por marcas como Coach, Kate Spade e Stuart Weitzman, na Gen Phoenix, empresa britânica especializada em couro reciclado.
Entenda como isso impacta o mercado e conheça as estratégias de sustentabilidade aplicadas por outros conglomerados de luxo como LVMH e Kering.
A Sustentabilidade no Grupo de Luxo Tapestry
O relacionamento entre a Tapestry e a Gen Phoenix começou em 2022, com o lançamento da linha Coachtopia. Tratava-se de uma coleção da Coach voltada para a geração Z, feita com no mínimo 50% de fibras de couro reciclado. Os resíduos usados na produção vêm de curtumes e fábricas da Europa, que seriam descartados, mas agora ganham uma nova vida em produtos de alto padrão.
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Com o novo aporte financeiro, o conglomerado amplia sua participação na Gen Phoenix para 9,9% e fecha um acordo de fornecimento de couro reciclado pelos próximos três anos, não apenas para a Coach, mas também para todas as marcas que fazem parte do portfólio do grupo.
Segundo Scott Roe, diretor financeiro e de operações da Tapestry, o potencial de reaproveitamento é expressivo: “Há muitas oportunidades para redirecionar grande parte desse fluxo de resíduos”. E esse redirecionamento vem ao encontro das exigências do novo consumidor de luxo: alguém que procura qualidade, mas que também deseja saber a origem dos materiais, o impacto da produção e o ciclo de vida da peça.
Geração Z: consumo com propósito
O foco da Tapestry na geração Z não é por acaso. Nascidos entre o final dos anos 1990 e o começo dos anos 2010, esses consumidores cresceram com o discurso da sustentabilidade e demonstram preferência clara por marcas que adotam práticas conscientes. Para essa geração, luxo e propósito caminham juntos.
A Coach, por exemplo, tem conseguido dialogar com esse público ao unir design atemporal e compromisso ambiental, o que se reflete diretamente em campanhas, linhas de produto e escolhas de matéria-prima.

O luxo sustentável como nova norma
A iniciativa da Tapestry não está isolada. Outros grandes nomes do mercado de luxo também vêm investindo em inovação sustentável. A LVMH, que detém nomes como Louis Vuitton e Dior, tem centros dedicados à pesquisa de materiais alternativos. A Kering, grupo por trás de marcas como Gucci e Bottega Veneta, publica relatórios de impacto ambiental desde 2012. A tendência é clara: marcas que não se adaptarem às novas exigências do mercado correm o risco de perder relevância.
No Brasil, o avanço da moda circular também tem seu papel. Brechós especializados e plataformas second hand, como o Etiqueta Única, permitem que peças de luxo ganhem novos ciclos de uso, reduzindo o desperdício e promovendo um consumo mais consciente. E isso não significa abrir mão do desejo ou da qualidade. Ao contrário, mostra que é possível consumir com inteligência, valorizando peças com história e design atemporal.

O investimento de milhões da Tapestry no Couro reciclado
O investimento da Tapestry em couro reciclado mostra que a sustentabilidade não é mais um apelo de marketing. É uma estratégia de longo prazo. E quando grandes grupos de moda colocam recursos e foco nessa agenda, o setor inteiro se movimenta. Para quem compra luxo hoje, o valor de uma peça vai muito além da etiqueta. Envolve também a responsabilidade por trás da sua produção.

Mas e você,acredita que as grandes grupos de luxo estão realmente comprometidos com a sustentabilidade?