Quem comprou a Birkin original de Jane Birkin? A resposta é surpreendente!
Não foi uma fashionista, celebridade, nem uma colecionadora de luxo: a identidade de quem comprou a primeira Bolsa Birkin da Hermès veio à tona. Além disso, descobrimos o futuro da peça arrematada por uma valor obsceno.
O leilão que parou o mundo da moda aconteceu em julho desse ano, com uma pergunta pairando no ar e alimentando especulações por dias: quem comprou a Birkin original de Jane Birkin por 7 milhões de euros? Afinal, não é qualquer peça — trata-se da bolsa que deu origem a um dos maiores ícones do luxo contemporâneo.
Naturalmente, os palpites começaram: Kim Kardashian, com seu histórico de compras extravagantes e amor declarado por Birkins, parecia uma forte candidata. Outros apostaram em Jamie Chua, socialite conhecida por ter uma das maiores coleções de Hermès do planeta. Teve quem jurasse que a própria Hermès teria arrematado a peça para seu acervo institucional. Já outros, que o item teria ido parar em algum museu de moda, como o Palais Galliera em Paris ou o Costume Institute do MET.
Mas a verdade é que nenhuma dessas apostas estava certa. O comprador veio de um lugar totalmente inesperado — e a história por trás disso é tão surpreendente quanto o valor pago.
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O comprador da Birkin Orginal de Jane Birkin
A icônica bolsa, aquela que deu origem ao modelo mais cobiçado (e disputado) do mercado de luxo, foi arrematada na Sotheby’s por Shinsuke Sakimoto. O empresário é ex-jogador da J-League (liga de futebol do Japão) e fundador do grupo Valuence Japan, uma das maiores plataformas de revenda de luxo da Ásia. E sim, ele desembolsou nada menos que 7 milhões de euros. Estamos falando de cerca de US$ 10,1 milhões ou R$42 milhões fazendo da peça a bolsa mais cara já vendida na história.

Um objeto de desejo (e história)
A bolsa em questão não é uma Birkin qualquer. Trata-se do protótipo original desenvolvido pela Hermès em 1984 exclusivamente para Jane Birkin, em resposta ao clássico episódio em que a atriz reclamou, durante um voo, que não encontrava uma bolsa prática e bonita para usar no dia a dia. O presidente da Hermès na época, Jean-Louis Dumas, ouviu a queixa e criou ali mesmo, no avião, o desenho do que viria a se tornar um fenômeno cultural — a bolsa Birkin.
Em 1994, Jane decidiu doar a peça para uma instituição beneficente, que a leiloou. Em 2000, a francesa Catherine Bernier a comprou e a manteve em sua coleção por 25 anos — até consigna-la à Sotheby’s neste leilão histórico. Mesmo não estando mais nas mãos de Jane nos últimos anos, essa é sim a primeira Birkin da história — usada, customizada e imortalizada por ela.
O exemplar leiloado traz marcas do uso real da atriz, como adesivos, pins, uma alça consertada com arame, um cortador de unhas pendurado e até as iniciais J.B. escritas à mão. Ao contrário do que se vê nas vitrines de luxo, essa Birkin tem o charme da vida real — e foi justamente isso que a transformou em relíquia.

Quem é Shinsuke Sakimoto: O homem quem comprou a Birkin Original?
Agora que você sabe quem comprou a Birkin original de Jane Birkin, vale entender por que a bolsa foi parar nas mãos de Sakimoto. Ex-atleta e atual CEO da Valuence Japan, uma das maiores empresas de recomércio de luxo do mundo, Sakimoto afirmou que pretende preservar a peça como símbolo cultural, e não revendê-la. Ele reconheceu que a Birkin de Jane carrega muito mais do que couro e ferragens nobres — ela carrega história, memória afetiva e o poder transformador da moda.
Segundo Sakimoto, a intenção é expor a bolsa ao público, em vez de trancá-la em um cofre.
“Esta não é apenas uma peça de moda, é um artefato cultural que deve ser compartilhado com o mundo”, declarou.

Um leilão histórico
O leilão organizado pela Sotheby’s Paris atraiu nove licitantes e durou poucos minutos. O resultado? Um novo recorde mundial: a bolsa mais cara já vendida em um leilão, superando com folga qualquer modelo exótico ou cravejado de diamantes.
Mais do que luxo, um símbolo cultural
A venda da Birkin original de Jane Birkin é um lembrete de que moda também é memória, história e cultura. E que, às vezes, o colecionador mais apaixonado pode vir de onde menos se espera — do mundo do futebol japonês, por exemplo.
Se você chegou até aqui se perguntando quem comprou a Birkin original de Jane Birkin, agora sabe: um nome talvez novo no radar da moda, mas que, com esse gesto, entrou para os livros de história do luxo.

Mas e você, cobriria o lance se tivesse a chance?