O Futuro Verde da Moda: a inovações sustentáveis das marcas
Um dos assuntos mais em alta dos últimos anos, a sustentabilidade vai muito além do cuidado com o meio ambiente, se tratando também do nosso estilo de vida e de nossas escolhas e ações como consumidores.
A indústria têxtil é conhecida por ser uma das mais poluentes que existem, consumindo 93 mil milhões de metros cúbicos de água por ano, além de despejar 500.000 toneladas de microfibras plásticas nos oceanos e ser responsável por 10% das emissões globais de carbono, segundo dados da Ellen MacArthur Foundation, instituição inglesa que promove a economia circular.
Com esses dados, a necessidade de mudança é urgente e necessária para protegermos o meio ambiente e também o futuro do planeta Terra. Com o aumento do interesse dos consumidores no assunto, marcas de moda começaram uma intensa procura por mudanças em seu processo de produção, o que resultou em respostas e soluções muito engenhosas e inteligentes.
Confiram mais sobre as inovações criadas por diferentes marcas com o intuito de se tornarem mais sustentáveis:
Novas inovações e ideias
Diferentes marcas vem mudado seus processos de fabricação e descobrindo novas maneiras sustentáveis de confeccionar produtos que sejam de qualidade, mas que ainda sim sejam eco friendly. Uma prova muito conhecida de que é possível alinhar ambos os assuntos é a Stella McCartney, marca inglesa comandada pela estilista de mesmo nome que é conhecida por ser vegana.
Uma das novas inovações, é a capa de chuva confeccionada de algas marinhas, criada pela designer nova iorquina Charlotte McCurdy. O plástico de algas cintilantes criado por ela (que não possui carbono) em um laboratório impressionou muitos especialistas no ramo, ainda mais quando se juntou ao renomado estilista Phillip Lim para criar um vestido de lantejoulas.
Infelizmente, é improvável que as peças sejam vendidas em lojas de departamentos, já que Charlotte vê estas inovações como uma forma de demonstrar que é possível criar e fazer roupas sem carbono.
“Não o estou a tentar monetizar. Só quero plantar uma semente. O desenvolvimento de materiais é muito lento e é difícil competir com aplicativos de celular por financiamento. Francamente, levo as mudanças climáticas a sério e não tenho tempo,” contou ela em uma entrevista para a AFP.
Seu foco agora é na criação de um centro de inovação e divulgação.
Novas formas de pigmentação
Outra inovação, desta vez no quesito tingimento, foi uma encontrada pela dupla de designers holandeses da Living Color, Laura Luchtman e Ilfa Siebenhaar, que estão investigando formas de redução de produtos químicos e o consumo excessivo de água para tingir roupas. E elas encontraram um aliado pouco provável nas bactérias, já que certos microorganismos liberam pigmentos naturais à medida que se multiplicam, e, ao implantá-los em tecidos, tingem as roupas com cores e padrões marcantes.
A pesquisa foi publicada de forma gratuita online e a dupla não tem interesse de uma produção em massa, mas sim em uma escala menor. Segundo Luchtman, que já trabalhou em marcas fast fashion, ela viu “de perto o impacto negativo dessa indústria em termos de exploração de pessoas e problemas ecológicos.”
Outras marcas, no entanto, esperam que novas inovações e ideias possam se infiltrar em grandes negócios. Como é o caso da startup californiana Bolt Threads, que recentemente se juntou a Adidas, Lululemon, Grupo Kering e Stella McCartney para construir as instalações de produção da Mylo, um couro feito de raízes de cogumelo. Este mesmo couro já foi usado pela marca inglesa na criação de duas peças que foram apresentadas no dia 20 de Março nas redes sociais da mesma.
Ver essa foto no Instagram
A cada ano, mais e mais marcas de moda estão procurando novas soluções e inovações para diminuir seu impacto no ambiente, fazer com que suas peças sejam mais sustentáveis e também se comprometer a ter um futuro mais verde.
Já conhecia algumas destas inovações? Nos conte nos comentários!