Kering anuncia novo CEO: o que muda com a chegada de Luca de Meo ao Grupo de Luxo?
Sim, a Kering anunciou recentemente um novo CEO — uma mudança estratégica que gerou repercussão imediata no mercado e já impulsionou as ações da companhia. Em um setor em constante transformação, o grupo francês, dono de grifes como Gucci, Saint Laurent, Balenciaga, Bottega Veneta e Alexander McQueen, dá um passo importante rumo a uma nova fase.
No dia 16 de junho, foi confirmado que Luca de Meo assumirá o cargo de CEO da Kering a partir de 15 de setembro de 2025. O comunicado foi feito por François-Henri Pinault, atual presidente do conselho e CEO, que permanecerá no cargo de presidente, mas deixará a liderança executiva nas mãos do novo comandante.
Mas o que faz exatamente um CEO?
O CEO (sigla para Chief Executive Officer) é, na prática, quem comanda a operação de uma empresa. No mundo da moda de luxo, isso significa tomar decisões que vão desde estratégias de crescimento até nomeações criativas e reorganizações internas. No caso da Kering, a missão de Luca de Meo será especialmente desafiadora: ele assume o comando num momento delicado, em que algumas das principais marcas do grupo enfrentam queda nas vendas e dificuldades de reposicionamento.

Quem é Luca de Meo: o Novo Ceo da Kering?
Executivo italiano com ampla experiência no setor automotivo — foi CEO da Renault —, de Meo é conhecido por sua habilidade em reposicionar marcas e liderar transformações estratégicas complexas. Sua chegada ao grupo Kering sinaliza uma mudança importante: a aposta em uma visão mais ousada e multidisciplinar para enfrentar os desafios de um mercado que exige inovação, sustentabilidade e agilidade.
François-Henri Pinault, que está à frente do grupo desde 2005, declarou que confia no olhar renovado do novo CEO: “Ele trará novas maneiras de ver as coisas”. Ao mesmo tempo, garantiu que continuará acompanhando de perto a estratégia como presidente do conselho, mas sem interferir diretamente nas decisões operacionais.
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Um grupo poderoso (e rival direto da LVMH)
Para quem ainda não está familiarizado com o cenário global do luxo, vale explicar: a Kering é um dos maiores conglomerados de moda de alto padrão do mundo. É uma das únicas empresas que podem ser consideradas rivais diretas da LVMH — grupo que detém marcas como Louis Vuitton, Dior, Fendi, Givenchy, entre outras.
Enquanto a LVMH continua a crescer de forma sólida, a Kering enfrenta alguns desafios internos. A Gucci, por exemplo — principal marca do grupo — passou por uma desaceleração significativa nos últimos trimestres. Outras grifes como Saint Laurent e Alexander McQueen também apresentaram desempenho instável, exigindo uma reestruturação estratégica para manter a competitividade no cenário internacional.

O que esperar do futuro da Kering?
Com a nomeação de Luca de Meo como novo CEO, a expectativa é de uma virada ambiciosa, que possa renovar as estratégias criativas e comerciais do grupo, impulsionar o crescimento e reacender o brilho de suas marcas-estrela.
No universo da moda, onde tradição e inovação precisam caminhar lado a lado, essa mudança de comando pode ser o começo de uma nova fase para a Kering — e os próximos desfiles e balanços financeiros devem indicar se essa aposta será bem-sucedida.
Kering inicia nova era em 2025: de CEO a diretores criativos
A entrada de Luca de Meo como CEO da Kering, marcada para setembro de 2025, acontece em um momento crucial — e não apenas no nível corporativo. O grupo de luxo francês também passa por uma renovação profunda em suas lideranças criativas, com mudanças significativas nas maisons mais influentes de seu portfólio.
Na Gucci, uma das marcas mais importantes do conglomerado, foi anunciada a chegada de Demna, estilista georgiano conhecido por sua estética provocadora e por ter comandado a Balenciaga nos últimos anos. A ida de Demna para a Gucci sinaliza uma reviravolta ousada e promete um novo capítulo de vanguarda para a grife italiana.
Com isso, a Balenciaga também entra em uma nova fase. O comando criativo da maison passa a ser responsabilidade de Pierpaolo Piccioli, ex-diretor criativo da Valentino, cuja saída da casa italiana em 2024 pegou o mercado de surpresa. Conhecido por sua sensibilidade poética e visão sofisticada da moda contemporânea, Piccioli promete trazer para a Balenciaga um contraste instigante em relação à era anterior — com expectativa de uma abordagem mais emocional e artesanal.
Na Bottega Veneta, outra mudança de peso: Louise Trotter, ex-Lacoste e primeira mulher a liderar a direção criativa da marca, assume o posto com a missão de continuar o legado de elegância silenciosa da grife, ao mesmo tempo em que propõe uma visão renovada e feminina.

Essas mudanças criativas nas marcas do grupo acontecem de forma simultânea à nomeação de Luca de Meo e ilustram o que pode ser um reposicionamento estratégico completo da Kering — tanto em sua estrutura corporativa quanto na identidade estética de suas grifes. Para o novo CEO, o desafio será orquestrar esse novo momento com equilíbrio entre inovação criativa e crescimento de mercado, em meio à forte concorrência com gigantes como a LVMH.
O mercado observa — e nós também.