Jil Sander – A história da Grife Referência em Minimalismo
A grife Jil Sander se consagrou como um dos maiores ícones do estilo minimalista nos anos 90, e com muito êxito tem sido capaz de manter esse status até os dias de hoje. Com o lema “menos é mais”, Jil Sander tem como marca registrada as peças simples, feitas com alta qualidade e estilo elegante.
A estilista que deu nome à marca foi uma visionária no mundo fashion, sendo capaz de lançar tendências e transformar o jeito de se vestir. Suas peças se tornaram objetos de desejo no mundo todo.
Confira a seguir a história por trás da Jil Sander, grife que é sinônimo de elegância e minimalismo.
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A história da estilista e de sua grife
O nome de registro da estilista e design de moda Jil Sander é, na verdade, Hedeimare Jiline Sander. Ela nasceu na cidade alemã de Wesselburen, em 27 de novembro de 1943, e foi criada pela mãe.
Apaixonada por moda, Jil estudou desenho têxtil e formou-se em engenharia têxtil em 1963. Trabalhou por alguns anos na revista feminina alemã Petra, como editora de moda.
Abriu mão de seu cargo em 1967, para então dedicar-se à inauguração da sua primeira boutique, localizada no subúrbio de Hamburgo. No início, vendia desenhos de Thierry Mugler, Sonia Rykiel e também alguns dos seus próprios desenhos. Já nessa época a estilista apostava em looks monocromáticos.
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Depois de enfrentar algumas dificuldades, Jil conseguiu fundar a casa de moda Jil Sander em 1968, em Milão. Em 1973, desfilou a sua primeira coleção, e novamente em 1975, em Paris, mas seus modelos não foram bem recebidos na época pela crítica e pelo público. Dentre as peças apresentadas na ocasião estavam calças retas, malhas e blusas soltinhas com design clean.
Marcadas pelos exageros e excessos, as décadas de 70 e 80 não souberam compreender bem o estilo minimal de Jil Sander, conhecida atualmente como “the queen of less” (“a rainha do menos”, em tradução livre para o português). Foi necessário esperar que essas tendências se aliviassem para Jil conseguir obter mais sucesso com suas produções.
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A partir dos anos 1980 suas peças começaram a atrair mais a atenção dos admiradores da moda. Os casacos Jil Sander viraram objetos de desejo nessa época, devido à alta qualidade dos tecidos utilizados, e ao notável perfeccionismo da modelagem das peças. Esses itens se tornaram indispensáveis no guarda-roupa das mulheres da época, que recorriam a eles como forma de glamourizar os seus looks de trabalho.
A grife começou a expandir de maneira mais efetiva nos anos 1990, quando então foram abertas lojas nas principais capitais mundiais da moda. Nessa época, Jil passou a investir em tecidos mais tecnológicos e no mix de texturas, como, por exemplo, no uso de couro com lã.
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Nesse mesmo contexto os acessórios clean da grife começaram a ganhar o devido reconhecimento. Suas bolsas, sapatos e cintos viraram hit. Os poucos detalhes e aplicações conquistavam mais facilmente diversos públicos pertencentes a tribos diferentes.
Referências do mundo esportivo passaram a ser incorporadas pela estilista em seus modelos, incluindo o mix de cores, o que anos depois passou a ser conhecido como colorblocking.
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A estética usada por Jil se tornou a marca registrada da sua grife, e uma verdadeira referência para outros estilistas da época. A designer foi um dos maiores e mais significativos nomes do minimalismo dos anos 90. Em 2003, Jil Sander foi citada pelo jornal inglês The Guardian como uma das 50 estilistas do mundo que vestem melhor o seu público.
A desassociação entre a marca e a estilista
No auge do sucesso da grife, em 1999, o Grupo Prada compra 75% das ações da Jil Sander. O combinado diante dessa aquisição foi de que a estilista continuaria na direção criativa da marca, porém seis meses depois disso, ela deixa o cargo após brigas com Patrizio Bertelli, CEO do Grupo Prada.
Essa foi a primeira das três vezes que Jil se afastou da direção criativa de sua marca. Pouco depois do primeiro desentendimento, Bertelli trouxe a estilista de volta ao comando da criação da grife, sob um contrato inicial de seis anos, mas que acabou durando apenas por duas coleções.
O estilista belga Raf Simons foi o responsável pela direção criativa da Jil Sander entre 2005 e 2012, quando então as peças ganharam mais cor e brilho. Em entrevista, o estilista chegou a declarar que a sua intenção era dar uma “pitada mais sexy” às peças.
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Simons ficou marcado pela sua atuação brilhante e sensível à frente da marca, sendo capaz de manter sua identidade, bem como a sua projeção no cenário da moda. O designer foi capaz de conquistar não apenas o coração do público, mas também da mídia especializada.
Em 2006, o Grupo Prada vendeu a Jil Sander para a empresa CCP (Change Capital Partners), pelo valor estimado de 76 milhões de libras.
Jil Sander criou sua própria consultoria de moda em 2009, ano em que foi convidada a assinar uma linha de moda masculina e feminina para a Uniqlo, marca japonesa de fast fashion. As coleções lançadas pela coleção +J obtiveram bastante sucesso, provando que o minimalismo continua sendo um dos estilos preferidos da contemporaneidade.
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A designer retornou ao posto de estilista da grife Jil Sander em 2012, provando que o seu estilo minimalista e refinado ainda permanecia em alta, mesmo após quatro décadas da criação de sua marca.
Ela retornou à empresa após Raf Simons anunciar a sua saída para dirigir a Dior. Em 2013 a designer optou por deixar o selo pela terceira vez, alegando motivos pessoais. A coleção para o verão 2014 foi a última assinada por ela. As peças do inverno 2014/2015 foram desenvolvidas pela equipe de criação da label.
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Atualmente a marca Jil Sander está nas mãos da empresa japonesa Onward Holdings Co. Em 2017, Luke e Lucie Meier assumiram conjuntamente a co-direção criativa da grife. Desde então o casal tem trabalhado em parceria, co-criando tanto a linha feminina quanto a masculina.
O estilo minimal de Jil Sander
Cores como o preto, branco, cinza e azul-marinho estão sempre presentes nos desfiles da grife. Como são tons atemporais e fáceis de combinar, acabam se tornando peças-chave do guarda-roupa de qualquer apreciadora da moda.
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As peças de Jil Sander são marcadas, além de sua elegância, também pelas suas escolhas de cores, capazes de deixar os looks mais descontraídos. Itens feitos a partir de tecidos rígidos dão um ar mais sério e moderno às combinações.
Os casacos largos são um clássico da grife, assim como os vestidos de corte reto e manga curta, todos feitos com a pretensão de dar uma margem maior ao corpo feminino, redefinindo-o com graça, sutileza e requinte.
Isso se deve ao fato da grife priorizar o corte diferenciado e a qualidade dos tecidos selecionados, harmonizando-os com a estética clean que é marca registrada da Jil Sander.
A exposição Jil Sander: Present Tense
A história da mulher que virou referência do estilo minimalista se tornou uma exposição inédita, lançada no Museum for Applied Art de Frankfurt, na Alemanha. A exposição, intitulada Jil Sander: Present Tense, teve estréia em 2017. Contou com instalações, fotos e demais materiais, que traçam toda a história da estilista Jil Sander e de sua marca homônima.
Na mostra, é feita uma retrospectiva de Jil, através da qual sua carreira é revisitada pela primeira vez em uma produção artística.
Os materiais e conteúdos selecionados narram a construção estética e as escolhas feitas por ela ao longo de suas coleções, desde as suas primeiras peças, feitas ainda na máquina de costura da mãe.
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A mostra exibe também as referências e influências da arquitetura nas criações de Jil Sander, e gera uma reflexão a respeito da importância da qualidade no design por meio das roupas, acessórios, perfumes e demais produtos de beleza já criados pela grife. Além disso, a exposição também relembra campanhas memoráveis, tais como as que foram clicadas pelos fotógrafos Craig McDean, Mario Sorrenti, Peter Lindbergh e David Sims.
Veja este vídeo da exposição:
A curadoria da exposição foi composta pela própria Jil Sander e sua equipe, e por Mathias Wagner K., diretor do museu alemão.