Bracelete Cartier pode ser leiloado por até U$8,4 milhões
Leilões de jóias não são eventos incomuns e geralmente viram notícia no mundo todo com os altos valores arrecadados, seja em geral ou apenas em uma peça em questão. Eles são um marco da primavera no Hemisfério Norte e um sinal de que o verão está se aproximando rapidamente.
Casas de leilões como a Christie’s em Londres e a Sotheby’s em Hong Kong são conhecidas ao redor do globo por seus leilões de peças incríveis que chamam atenção de todos. E para este ano, não seria nada diferente. A Sotheby’s anunciou seu primeiro leilão da temporada que promete ser incrível. Chamado de “Jóias Magníficas”, dentre os itens a serem leiloados, está um bracelete da icônica Cartier que pode ter seu valor chegando na casa dos U$8,4 milhões.
Confira um pouco sobre a história da Cartier, uma das melhores joalherias do mundo, e um pouco sobre o bracelete que promete dar o que falar:
Breve História da Cartier
A Cartier é uma marca francesa fundada por Louis-François Cartier em 1847.
Louis-François assumiu o controle a pequena oficina de seu mestre, Adolphe Picard, em 1847 que era localizada na Rue Montorgueil, a mais chique e cara da época e resolveu patentear sua própria marca representada pelo famoso coração entre as iniciais L e C em um losango.
Apenas quatro anos depois de sua fundação, graças a Condessa Nieuwerkerke, a Cartier se tornou fornecedora da Corte Real de Napoleão III. Além disso, em 1853 implantou o atendimento personalizado e elitizado, o que trouxe uma clientela exclusiva e privada para a maison.
Em 1859, alugou um imóvel no Boulevard des Italiens, imóvel onde ficaria por 40 anos, e sua localização avantajada perto dos Jardins des Tuileries e suas jóias que possuíam toque leve, arejado, em contraste com os ornamentos formais e pesados da época atraíram uma ampla clientela, como as damas da alta sociedade que passavam por ali.
Além das damas francesas, a Imperatriz Eugénie da França se encantou com a Cartier e encomendou um conjunto de chá em prata e se tornou uma cliente fiel da maison.
Em 1873, o filho de Louis-François, Albert, entrou como sócio na maison e expandiu os produtos da marca, incluíndo relógios. Em 1898, seu filho, Louis, também começou a trabalhar na marca e a loja passou a se chamar Alfred Cartier & Fils.
A Cartier abriu sua primeira loja em Londres em 1902, que era comandada por Pierre Cartier. Pouco tempo depois, a maison recebeu uma encomenda de 27 tiaras para a cerimônia de coroação do Rei Eduardo VII da Inglaterra. O rei declarou que Cartier era “o joalheiro dos reis, rei dos joalheiros” e, dois anos mais tarde, honrou Cartier com o selo de Royal Warrant (que significa ‘garantia real’).
Louis Cartier, sempre inovador, criou o primeiro relógio de pulso com pulseira de couro do mundo, a pedido de seu amigo, o aviador brasileiro Alberto Santos Dumont.
Ao longo das décadas, a Cartier continuou a ser uma das melhores e mais tradicionais joalherias do mundo. Com suas peças com design impecáveis e da mais alta qualidade, segue ainda sua filosofia de “Inovar sem perder a classe, transformar com bom gosto e ser a vanguarda da criação com a audácia da excelência.”
Bracelete Cartier pode ser vendido por até U$8,4 milhões
Uma das maiores casas de leilões no mundo, a Sotheby’s tem sede em Hong Kong e anunciou na última semana seu primeiro leilão da temporada 2021. Entitulado “Jóias Magníficas”, ele está marcado para acontecer no dia 20 de Abril e possui dois lotes em destaque que já estão chamando a atenção de diversas colecionadores.
Segundo a casa, estes dois lotes são de pulseiras de “tirar o fôlego”, sendo o primeiro um diamante Cartier que tem inspiração no estilo Art Déco e uma pulseira de cristal de rocha da coleção de 2013 chamada “L’Odyssée de Cartier – Parcours d’un Style”. O bracelete possui um diamante perfeito na cor D de 63,66 quilates em formato de pêra, que é inserido entre o cristal de rocha e está avaliado entre U$5,1 milhões e U$8,4 milhões.
No segundo lote, há uma pulseira de jadeíte chamada “Círculo da Felicidade”, que possui 277,67 quilates e é descrita pelo Instituto Gemológico Suíço como “um verdadeiro tesouro da natureza” e seu orçamento está disponível apenas sob solicitação. As cores da pulseira variam de um tom sutil de verde a um tom mais vivo que, de acordo com a Sotheby’s, é característico do mais fino verde jadeíte da Birmânia, Mianmar.
Outras peças que estarão no leilão e que também chamam a atenção de críticos e colecionadores, são um anel com um diamante rosa púrpura intenso de fantasia de 7 quilates da Sotheby’s Diamonds avaliado entre US$ 5,8 milhões e US$ 7,1 milhões, um anel da Cartier com um extravagante diamante de 23,48 quilates avaliado entre US$ 4,2 milhões e US$ 6,2 milhões, um anel de diamante da Boucheron com um rubi birmanês de 6,38 quilates avaliado entre US$ 1,6 milhão e US$ 2,2 milhões, entre outras inúmeras peças incríveis.
O que acharam das peças? Qual a sua preferida? Nos conte nos comentários!