Balenciaga entra em nova era com Pierpaolo Piccioli

Uma das marcas de luxo mais cools e descoladas que existem, a Balenciaga foi foi fundada pelo espanhol Cristóbal Balenciaga Eizaguirre em 1937 em Paris. Muito importante para o mundo da moda, suas roupas eram conhecidas por terem confecção e cortes perfeitos, além da grande influência da cultura e história espanhola.

Após cair em esquecimento do público, a maison teve seu prestígio de volta apenas no final da década de 90 graças à Nicolas Ghesquière, que criou peças que até hoje são icônicas e marca registrada da marca.

Assim como outras grandes casas de moda nesta temporada, a grife espanhola entrou em uma nova era com a estreia do designer italiano Pierpaolo Piccioli no cargo de diretor criativo, que apresentou sua primeira coleção no último sábado durante a Semana de Moda de Paris.

Confira abaixo todos os detalhes sobre a estreia de Pierpaolo Piccioli como diretor criativo da Balenciaga:

A Balenciaga de Pierpaolo

Pierpaolo Piccioli fez sua tão aguardada estreia na Balenciaga, uma das marcas mais míticas da moda, na noite de Sábado, 04 de Outubro, em Paris. Com diversas estrelas na primeira fila, esta foi certamente a estreia de um novo diretor criativo mais sofisticada até agora.

Uma coleção que se concentrava no corpo e em sua relação com as roupas, sob uma luz bela e muitas vezes sussurrante, foi lançada pelo estilista.

Picioli claramente admira o fundador Cristóbal Balenciaga, um grande artista que revolucionou a moda e os tecidos. Antes do desfile, seu painel de inspiração apresentou imagens da igreja Colline Notre Dame du Haut, de Le Corbusier, e do “Homem Vitruviano”, de Da Vinci, sugerindo as formas que Pierpaolo desenvolveria a coleção.

O material chave da coleção foi o gazar, uma técnica de tecido que clareia e adiciona estrutura a qualquer look. Piccioli ficou obcecado em realmente se aprofundar no DNA da marca e de seu acervo. Então, ele pediu para que a casa fabricasse meias-calças protetoras leves e especiais que modelos pudessem usar dentro de looks históricos de acervo sem causar danos.

“A menos que você realmente veja as roupas de Cristóbal se moverem e se transformarem em um corpo humano vivo, acho que não as compreende completamente”, insistiu Piccioli.

O resultado foi uma coleção de rara elegância. O desfile começou com peças colunas levemente esvoaçantes, túnicas e calças em gazar de organza que rasgavam conforme as modelos passavam. Mas, adicionando um toque de elegância de deusa do rock com jaquetas de couro estilo casulo e uma combinação soberba de couro com top de couro truncado e saia multi-dobras.

Cristóbal era famoso por usar materiais justapostos, algo que Pierpaolo fez em bainhas de marfim adornadas com penas brancas.

Antes do desfile, o estilista nascido em Roma explicou que queria dar um toque de leveza às suas curvas, fossem elas feitas em algodão e lã gazar, ou em couro sintético. Além disso, ele criou uma versão da bolsa Bolero que podia ser dobrada e carregada debaixo do braço.

“Adicionar ar às formas. Criar roupas comuns, mas extraordinárias”, disse Pierpaolo, explicando seu objetivo. Produzir um espetáculo de grande elegância, desenvoltura e elegância em um momento geopolítico e socialmente sombrio para o planeta.

“Na minha opinião, depositar fé na humanidade é o ato mais radical que se pode ver hoje”, concluiu Piccioli.

O que achou da primeira coleção de Pierpaolo Piccioli para a Balenciaga? Qual seu look favorito?