As Bolsas Dior mais icônicas criadas por Maria Grazia Chiuri: 6 Clássicos Eternos
Enquanto o mundo da moda aguarda a estreia de Jonathan Anderson (ex-Loewe) à frente de uma das maiores casas da alta-costura, vamos relembrar as bolsas Dior criadas por Maria Grazia Chiuri que marcaram uma era e moldaram o desejo da mulher moderna.
Durante quase uma década, a designer italiana foi o olhar — e a alma — por trás da Dior feminina. Quando foi anunciada como diretora criativa da maison em 2016, fez história: era a primeira mulher a ocupar esse cargo desde a fundação da marca francesa, em 1946. Sua chegada ao 30 Avenue Montaigne não só quebrou um paradigma, como inaugurou uma nova sensibilidade na Dior— menos centrada na ideia da mulher idealizada e mais voltada para a mulher real, com potência, voz e autonomia.
Chiuri assumiu o legado deixado por Christian Dior com reverência, mas sem nostalgia. Em vez de apenas revisitar os códigos da grife— como o tailleur Bar, as flores ou o savoir-faire dos ateliês —, ela os reconfigurou sob uma perspectiva contemporânea, onde o discurso feminista, a arte e o artesanato ganharam protagonismo. A moda, sob seu comando, tornou-se também manifesto.
Nesse percurso, as bolsas tiveram papel crucial. Mais do que acessórios, tornaram-se símbolos de uma era. Sua saída da Dior, anunciada no final de maio de 2025, marca o fim de um ciclo que será lembrado tanto pela consistência estética quanto pelo impacto cultural. Ao longo de nove anos, a estilista redefiniu o que significa criar moda em uma das casas mais tradicionais da indústria — unindo o comercial e conceitual, feminilidade e força, desejo e discurso. E talvez nenhuma peça resuma tão bem sua passagem pela Dior quanto suas bolsas: objetos de desejo absoluto, com alma, história e propósito.
As Bolsas Inesquecíveis de Maria Grazia Chiuri para a Dior
Aqui estão 6 modelos da talentosa estilista que se tornaram clássicos consagrados da Christian Dior e continuam sendo investimentos certeiros em um closet atemporal:
Sabia que no Etiqueta Única você pode vender sua bolsa de luxo com discrição e rapidez no maior brechó de luxo online do Brasil? Descubra como vender suas bolsas de luxo agora!
6. Book Tote
Desde sua estreia na coleção Primavera/Verão 2018, a Dior Book Tote de Maria Grazia Chiuri se tornou um dos maiores fenômenos do mundo das bolsas de luxo. Inspirada em um esboço dos anos 60 de Marc Bohan, o modelo une a simplicidade da silhueta com a complexidade do artesanato Dior — sua versão bordada exige 37 horas de trabalho e 1,5 milhão de pontos de costura, um verdadeiro testamento à excelência da maison.
O sucesso da Book Tote vai além do design: sua funcionalidade e capacidade fazem dela a escolha perfeita para a mulher moderna, que precisa de uma bolsa prática, espaçosa e que transite do trabalho ao lazer com elegância. A tote bag rapidamente conquistou as principais it girls, celebridades e influenciadoras do mundo, aparecendo em eventos, viagens e cliques do dia a dia.
Além disso, a reinvenção constante em diferentes cores, materiais e tamanhos mantém a Book Tote sempre atual, tornando-a uma peça desejada em qualquer temporada. É uma verdadeira celebração à versatilidade, que consegue unir tradição artesanal e inovação estética, reafirmando o legado de Maria Grazia Chiuri na Dior. Agora, com Jonathan Anderson no comando criativo, podemos esperar que esse best-seller clássico ganhe uma nova cara — e se tem alguém que vai atualizar essa estrela com originalidade e humor, esse alguém é ele. Afinal, até os maiores ícones merecem um toque fresh de vez em quando!

5. Dior 30 Montaigne
Apresentada em 2019, a 30 Montaigne carrega em seu nome uma das maiores declarações de identidade da Dior. Trata-se de uma homenagem direta ao endereço histórico da maison em Paris, onde tudo começou em 1946. Maria Grazia Chiuri idealizou esse modelo como um tributo à essência da grife: estrutura clássica, design limpo e elegância discreta.
A bolsa tem formato retangular, fecho de metal com as iniciais “CD” e uma alça larga com fivela inspirada no cinto militar — um detalhe que, mais do que decorativo, reforça a narrativa de força feminina que norteia todo o trabalho da estilista. Disponível em diversas cores e materiais, da lona oblíqua ao couro liso, a 30 Montaigne é um exemplo de como Maria Grazia soube traduzir os códigos da Dior para a mulher contemporânea — aquela que busca beleza, mas também história e significado em cada escolha de estilo.

4. Dior Bobby
Batizada em homenagem ao cachorro de estimação de Christian Dior, a bolsa Bobby foi lançada em 2020 como parte da coleção de verão da maison. É uma das criações mais delicadas e afetivas de Maria Grazia Chiuri, que revisita o estilo hobo com linhas suaves e arredondadas, resultando em uma peça que evoca nostalgia sem parecer datada.
A Bobby carrega a assinatura “30 Montaigne” gravada na parte traseira e detalhes de metal envelhecido que acrescentam charme vintage à peça. Disponível em três tamanhos — pequeno, médio e grande —, é versátil, com alça ajustável e removível, podendo ser usada tanto no ombro quanto na transversal. A escolha do nome, pessoal e simbólica, reforça a conexão emocional que Chiuri sempre buscou em suas coleções, aproximando o legado de Monsieur Dior de novas gerações. Feminina, prática e atemporal, a Bobby rapidamente se firmou como uma das bolsas mais desejadas da Dior no período recente.

3. Dior Caro
Se a Dior Bobby marcou seu território como a bolsa utilitária ideal, a Dior Caro chegou mais tarde para traduzir o desejo por uma elegância cotidiana com alma couture. Lançada durante a coleção Cruise 2021,oo modelo rapidamente se destacou no portfólio de Maria Grazia Chiuri, consolidando-se como uma das peças-chave da era da diretora criativa no segmento de marroquinaria.
Batizada em homenagem à irmã de Christian Dior, Catherine Dior — carinhosamente apelidada de “Caro” —, a bolsa carrega em seu DNA tanto a história pessoal da maison quanto o savoir-faire de seu ateliê. Com silhueta clássica de flap bag, a Caro une sofisticação e praticidade em proporções precisas. Seu corpo estruturado é inteiramente revestido pelo emblemático matelassê cannage, um padrão icônico da Dior que, na Caro, exige cerca de 18 mil pontos minuciosos de costura para ser finalizado — uma verdadeira obra de arte em couro.
O fecho metálico com as iniciais “CD”, inspirado no selo de um frasco vintage de perfume da maison, adiciona um toque gráfico e moderno ao design, fazendo um contraponto elegante à herança que carrega. Disponível inicialmente em dois tamanhos — pequeno e grande —, a it-bag logo ganhou variações em cores sazonais, versões mini, alças intercambiáveis e edições limitadas em denim, tweed e até bordados artesanais. Mais do que uma bolsa, a Caro é uma carta de amor à herança da maioson reinterpretada para o ritmo da mulher contemporânea. Ela é, sem dúvidas, um dos marcos mais refinados da passagem de Maria Grazia pela Dior.

2. Dior Toujours
Em sintonia com a ascensão das maxi bags no início dos anos 2020, a maison apresentou, na primavera de 2023, a bolsa Toujours — uma das últimas criações de Maria Grazia Chiuri à frente da direção criativa da Dior . Seu nome, que significa “sempre” em francês, é uma declaração clara de intenção: trata-se de uma peça pensada para acompanhar a mulher Dior em todos os momentos do dia, das reuniões matinais aos jantares descontraídos, sem jamais comprometer a elegância.
Com estrutura flexível e silhueta levemente desestruturada, a Toujours une códigos clássicos da Dior com uma atitude moderna e funcional. Em couro macio adornado pelo icônico motivo cannage — aqui reinterpretado em versão oversized e atualizada —, o modelo equilibra perfeitamente sofisticação e praticidade. Sob o olhar de Chiuri, a bolsa representa um equilíbrio raro entre tradição e contemporaneidade, e reforça a nova linguagem visual da Dior: leve, utilitária e sofisticada. Não à toa, tornou-se um dos modelos mais fotografados nas ruas das fashion weeks e um dos favoritos entre clientes fiéis da grife.

1. Saddle
O revival da Saddle Bag marcou um dos retornos mais bem-sucedidos da história recente da Dior. Originalmente lançada por John Galliano em 1999, inspirada nas selas de montaria, a bolsa tornou-se um símbolo dos anos 2000, alavancada por sua forte presença na cultura pop — de Carrie Bradshaw em Sex and the City às páginas das revistas da época.
Descontinuada em 2007, a peça parecia confinada ao imaginário nostálgico, até que Maria Grazia Chiuri a trouxe de volta no desfile de outono-inverno 2018. A decisão estratégica — que uniu o poder dos arquivos da maison ao desejo contemporâneo por peças com história— rapidamente reposicionou a Saddle como um pilar do faturamento da Dior na categoria de bolsas. Desde o relançamento, ela tem sido produzida em incontáveis variações, incluindo versões em couro, denim, canvas oblique, além de modelos bordados e edições limitadas.
Em 2023, a maison relançou a icônica Newsprint Saddle, originalmente apresentada na coleção SS2000 de Galliano. O gesto consolidou o poder do arquivo como ativo de valor comercial e criativo na era Maria Grazia— onde memória e inovação coexistem com fluidez.

Essas são as bolsas icônicas da Dior criadas por Maria Grazia Chiuri que já conquistaram seu lugar na história da maison. Mais do que acessórios, são verdadeiros símbolos de uma era e investimentos valiosos para quem enxerga a moda como ativo e o estilo como estratégia pessoal. Agora, com Jonathan Anderson à frente da grife, fica a pergunta: qual desses modelos você gostaria de ver reeditado sob uma nova ótica criativa?