A Indústria da Moda e as Emissões de Carbono
Comemorado no dia 21 de Setembro, o Dia da Árvore surgiu com a necessidade de conscientizar a população da importância das árvores para o meio ambiente, inclusive para a vida dos seres humanos.
A indústria têxtil é considerada como a segunda mais poluente do planeta, sendo responsável por emitir uma grande porcentagem de carbono na atmosfera, além de gerar uma significativa quantidade de resíduos nos oceanos.
Confira mais sobre o dia da árvore e a responsabilidade da indústria da moda nas emissões de carbono no meio ambiente:
Por Que Dia da Árvore?
O Dia da Árvore surgiu no final do século XIX, mais precisamente no dia 10 de abril de 1872. Foi nessa data que Julius Sterling Morton (1832-1902), político e jornalista estadunidense, decidiu plantar uma grande quantidade de árvores no estado do Nebraska, nos Estados Unidos.
O “Day Arbor”, como ficou conhecido, foi um marco ecológico da conscientização e preservação das espécies arbóreas. Desde aquela época, as árvores vinham sofrendo com o desmatamento e a extinção, ocasionando problemas ambientais e a destruição da biodiversidade.
Pelo fato do dia da árvore ser comemorado mundialmente com a chegada da primavera, muitas nações adequam esse dia a partir das características físico-climáticas de seus países. Como é o caso do Brasil, que comemora a data no dia 21 de Setembro.
Impacto da Indústria no Meio Ambiente
A indústria têxtil contribui com aproximadamente 2,1 bilhões de toneladas de emissões de gases de efeito estufa (GEE) em um único ano, o equivalente a 4% de todas as emissões globais. Esse número impressionante é comparável às emissões anuais de GEE da França, Alemanha e Reino Unido combinados.
Essas estimativas são baseadas em dados do Fashion on Climate de 2018, mas espera-se que o setor continue crescendo no futuro. Ou seja, se nossos esforços para reduzir o impacto da moda não forem acelerados rapidamente nos próximos 10 anos, as emissões deverão aumentar para 2,7 bilhões de toneladas por ano até 2030.
O imenso impacto de carbono das roupas ocorre em todas as etapas da cadeia de suprimentos da moda e do ciclo de vida do produto. No entanto, 70% das emissões da moda se originam de atividades como produção e processamento de matérias-primas.
Apesar destes números alarmantes, a maioria das grandes marcas ainda não tomam medidas básicas para a devida diligência ambiental em seus fornecedores. De um modo geral, as fases de tingimento e acabamento, preparação de fios e produção de fibras tendem a ser as que mais deixam pegadas de carbono na atmosfera.
Esses processos de alto impacto ambiental são massivamente subestimados pelas marcas, que na maioria das vezes apenas contabilizam as emissões de suas próprias operações, como transporte e varejo. A indústria têxtil tem um impacto devastador no planeta, e os trabalhadores mais vulneráveis do sistema deste setor geralmente correm um risco desproporcional de experimentar esses impactos em primeira mão.
Ao longo de toda a cadeia de fornecimento, os recursos naturais são extraídos, os habitats são explorados, as emissões tóxicas são produzidas, a água é poluída e os resíduos são despejados de forma descuidada.
De acordo com o Índice de Transparência da Moda 2021, criado pelo Fashion Revolution Global, as maiores marcas e varejistas do mundo falam muito sobre seus esforços de sustentabilidade, mas ainda há falta de transparência nas ações e resultados nos principais indicadores ambientais. Se as marcas não medirem e divulgarem seus dados em todas as operações, não podemos responsabilizá-las por suas metas climáticas.
Toda a indústria da moda precisa ser mais transparente sobre o que está fazendo para enfrentar a escala do desafio climático global, especialmente quando se trata de impactos ambientais na cadeia de suprimentos e as consequências da produção e consumo insustentáveis.
Como fazer sua parte
Por mais que as grandes marcas da indústria da moda sejam as grandes responsáveis pelas alarmantes emissões de carbono no meio ambiente, o consumidor também pode fazer a sua parte para ajudar o meio ambiente. Uma das maneiras mais fáceis é se tornar adepto do mercado second hand.
Este é um nicho que cresce a cada ano e está se tornando o queridinho de centenas de pessoas. Confira abaixo algumas das principais vantagens de se comprar em brechós:
1. Você pode encontrar peças que não são mais comercializadas por marcas
Existe alguma peça que era seu sonho de consumo que fez parte de uma coleção especial e limitada ou de uma linha antiga que não é mais confeccionada? Há uma grande chance de você encontrar algum deles em brechós de luxo! Muitas pessoas acabam não usando-as mais e resolvem se desfazer delas e colocá-las a venda.
Dois grandes exemplos sãos os modelos Shopper Tote da Chanel e a Swing Tote da Gucci, que foram e ainda são bolsas muito queridas por diversas mulheres, porém só podem ser encontradas em brechós de luxo, como o Etiqueta Única!
2. Peças Exclusivas
Se exclusividade é o que você procura, dê adeus aqueles cabides de lojas de confecções grandes que empoleiram várias peças iguais. Normalmente os itens de luxo vendidos na Etiqueta Única tem peças limitadas nas coleções das principais marcas de luxo de moda.
Por exemplo, devido à elaboração manual lenta e precisa destes produtos, junto aos materiais e couros que são de difícil acesso, apenas um número limitado de bolsas Hermès são feitas a cada ano e alguns exemplares podem ser encontrados no EÚ!
3. Você pratica o consumo consciente!
Atualmente, a sustentabilidade e o consumo consciente são algumas das pautas de maior importância no momento. Em uma época onde, infelizmente, ainda há grande desperdício de resíduos e tecidos devido à produção em massa, ter consciência do que está consumindo é um passo muito importante. E, por que não consumir peças de luxo em brechós de luxo? Além de você você ajudar o ambiente, você também faz com que itens continuem a ficar em circulação.
O que acha da responsabilidade da indústria no quesito de deteriorização do meio ambiente? Nos conte nos comentários!