Semana de Moda de Nova York irá Banir uso de Pele
A Semana de Moda de Nova York (NYFW), que dá início ao calendário internacional de desfiles, acaba de anunciar uma mudança histórica. O Conselho de Designers de Moda da América (CFDA) confirmou que o uso de peles de origem animal estará proibido em todos os eventos e apresentações da programação oficial a partir de setembro de 2026, quando serão reveladas as coleções de verão 2027.
A decisão, revelada hoje, 3 de dezembro, foi construída em parceria com a Humane World for Animals e a Collective Fashion Justice, duas organizações com as quais o CFDA já mantinha diálogo constante sobre práticas mais éticas na indústria. Além de sinalizar uma mudança de posicionamento para o mercado norte-americano, a regulamentação dá tempo para que marcas e estilistas adaptem seus materiais e reestruturem seus processos criativos. Até lá, infelizmente, peças de pele ainda poderão aparecer nas passarelas da temporada de inverno 2026, em fevereiro.
A nova norma elimina o uso de peles de animais criados ou caçados apenas para abastecer a moda, como raposas, coelhos e vison, espécie semiaquática amplamente associada à indústria de fazendas de pele na Europa, América do Norte e Ásia.
O impacto na Semana de Moda de Nova York
A NYFW inaugura o circuito internacional de moda, estabelecendo o tom das tendências que seguem respectivamente para Londres, Milão e Paris — as quatro grandes capitais que definem a temporada. Por isso, mudanças estruturais anunciadas em Nova York costumam reverberar globalmente.
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Ao longo dos anos, o evento consolidou uma identidade própria. Em geral, a Semana de Moda Nova Iorquina é descrita como mais comercial, pragmática e conectada ao mercado, sem perder a criatividade, mas com foco claro em peças que funcionam na vida real.
O line-up reúne nomes importantes que são desejados globalmente. Entre os destaques estão marcas que souberam transformar identidade estética em desejo global. A Coach, por exemplo, reforça seu legado de couro artesanal com modelos que se tornaram favoritos das novas gerações, como a Bolsa Tabby e a Swagger. Marc Jacobs mantém sua assinatura urbana e bem-humorada em hits como a Snapshot e a The Tote Bag, peças que traduzem a força do street style contemporâneo. Michael Kors, com sua estética americana polida e voltada ao lifestyle cosmopolita, assina best-sellers como a Hamilton e a Jet Set. Já a PatBo, única etiqueta brasileira a integrar a NYFW, avança no cenário internacional com vestidos que exaltam o trabalho manual e bordados elaborados.
Ao anunciar o fim das peles no evento, o CFDA adiciona um capítulo importante a essa história alinhado a debates que já movimentam outras grandes semanas de moda. A pauta ecoa escolhas adotadas por maisons europeias ao longo dos últimos anos, como por exemplo Gucci, Prada, Stella McCartney e dialoga com a pressão crescente por transparência, responsabilidade ambiental e novos materiais (o EÚ ama!).
O que essa decisão representa para o futuro da indústria
O banimento não é apenas uma mudança estética: trata-se de um marco regulatório que reforça o compromisso da moda americana com práticas mais conscientes. Para muitos designers, o período até 2026 significa uma janela estratégica para testar alternativas de ponta, desde couros de laboratório até tecidos biofabricados que têm ganhado espaço na pesquisa de materiais.
Além disso, a regulamentação também aproxima a NYFW de movimentos internacionais por padronização ética — um tema que vem aparecendo com mais força em relatórios da British Fashion Council e em discussões na Chambre Syndicale de Paris. Embora cada capital tenha seu próprio ritmo, Nova York dá um passo simbólico ao tornar o veto oficial em sua programação.
NYFW 2026 em diante: novas narrativas, novas matérias-primas
Quando a temporada de verão 2027 chegar às passarelas, a Semana de Moda de Nova York terá um cenário renovado. A ausência da pele abre espaço para narrativas mais alinhadas ao futuro, impulsiona inovação em materiais e coloca luz sobre designers que já vêm trabalhando com responsabilidade ambiental como parte de seu DNA.
Para quem acompanha a evolução da moda global, a decisão do CFDA sinaliza não apenas uma tendência de comportamento, mas uma transformação estrutural: aquela capaz de influenciar estética, produção e consumo nos próximos anos.
Por aqui, seguimos atentos aos próximos desdobramentos e às novas soluções que o mercado de luxo americano deve apresentar rumo a práticas mais responsáveis. E você, como recebeu essa notícia?















