Especial Semana da Mulher: Tudo sobre Djamila Ribeiro!
É comemorado no dia 08 de Março o Dia Internacional da Mulher. A celebração foi instituída após um evento intitulado “Dia da Mulher” que ocorreu em Fevereiro de 1909 na cidade de Nova York, marcado por diversas manifestações pela igualdade de direitos civis e a favor do voto feminino, o qual era proibido até então.
A data homenageia as mulheres de todo o mundo e simboliza a história de superação, dedicação e luta por direitos no decorrer da história.
Em celebração desta data tão importante, ao decorrer desta semana iremos homenagear e contar a história uma mulher por dia que foram escolhidas pelas seguidoras do Etiqueta Única de nosso instagram.
Confiram abaixo mais sobre a escritora e filósofa brasileira Djamila Ribeiro!
O Começo e Contato com a Militância
Djamila Taís Ribeiro dos Santos nasceu no dia 01 de Agosto de 1980 na cidade de Santos, São Paulo.
Seu primeiro contato com a militância foi ainda na infância, tendo seu pai, um estivador, militante e comunista que, mesmo com pouco estudo, era muito culto. Seu nome, Djamila, tem origem africana e foi uma escolha dele. Com apenas 19 anos, conheceu a Casa da Cultura da Mulher Negra, uma organização não governamental santista, onde trabalhou por quatro anos e teve contato com com obras de feministas e de mulheres negras e passou a estudar temas relacionados a gênero e raça.
A santista graduou-se em 2012 em Filosofia na Unifesp e, posteriormente, em 2015, tornou-se mestra em Filosofia Política com ênfase em teoria feminista pela mesma instituição. Antes de se formar em Filosofia, Djamila interrompeu uma graduação em jornalismo no ano de 2005. Suas principais áreas de atuação são temas de relações raciais e de gênero e feminismo.
Djamila Hoje
Djamila é colunista online da CartaCapital, Blogueiras Negras e na Revistas AzMina e possui uma forte presença no mundo digital, pois acredita que é importante apropriar a internet como uma ferramenta na militância das mulheres negras, já que, segundo ela a “mídia hegemônica” costuma invisibilizá-las.
Em maio de 2016, a filosofa foi nomeada secretária-adjunta de Direitos Humanos e Cidadania da cidade de São Paulo durante a gestão do prefeito Fernando Haddad. Anos mais tarde, escreveu o prefácio do livro “Mulheres, raça e classe” da filósofa negra e feminista Angela Davis, obra inédita no Brasil e que foi traduzida e lançada em setembro de 2015. E participa ativamente de eventos, documentários e outras ações que envolvam debates de raça e gênero.
Muito influente, Djamila foi um dos 51 autores, oriundos de 25 países, convidados a contribuir para Os papéis da liberdade (“The Freedom Papers“) no ano de 2018.
Obras e Capa da Revista Forbes
Além de ser conhecida por seus estudos, Djamila também é escritora e lançou algumas obras ao longo de sua carreira. Escreveu os livros: “O que é um lugar de fala?”, que aborda a urgência pela quebra dos silêncios instituídos, trazendo também ao conhecimento do público produções intelectuais de mulheres negras ao longo da história), “Quem tem medo do feminismo negro?” e, recentemente, “Pequeno Manual Antirracista”, que fechou o ano de 2020 como o mais vendido na plataforma da Amazon.
Ao longo de sua trajetória, a santista foi altamente reconhecida por seu importante trabalho, recebendo alguns prêmios, como o Prêmio Cidadão SP em Direitos Humanos no ano de 2016, Trip Transformadores em 2017, Melhor colunista no Troféu Mulher Imprensa em 2018, Prêmio Dandara dos Palmares e está entre as 100 pessoas mais influentes do mundo abaixo de 40 anos, segundo a ONU.
Seu mais recente reconhecimento aconteceu no mês de fevereiro, quando foi nomeada pela Revista Forbes como uma das 20 Mulheres de Maior Sucesso do Brasil, aparecendo ainda na capa da edição. Nela, Djamila contou um pouco sobre seus planos e como recusa ser o centro das atenções quando é apontada por muitas pessoas como a protagonista da democratização do movimento antirracista que ganhou força nos últimos anos no Brasil.
“Não acho que sou a principal responsável, mas acredito que meu trabalho editorial, tanto com obras próprias, quanto com a coordenação e edição de coleções de outros autores negros – com preço e linguagem acessíveis -, pode ter ajudado. Não existe outro caminho [para uma mudança real de mentalidade] que não seja o letramento racial. As pessoas precisam ter acesso a essas produções para refletir criticamente,” contou ela a revista Forbes.
Inspire-se no Estilo de Djamila!
Djamila Ribeiro é um nome muito importante para a democratização do movimento antirracista, com obras em assuntos muito importantes e recorrentes, sua jornada serve de inspiração para milhares de jovens no Brasil.