Black Month: 4 Marcas de Joias de Luxo para Investir
Joias são peças muito especiais e que estão presentes na história por séculos. Sendo muito delicadas e feitas do mais preciosos materiais, muitas delas são consideradas verdadeiras obras de arte, não apenas por seu design, mas por todo o trabalho manual envolvido em sua criação.
Quando pensamos em marcas famosas por suas criações de joias, os primeiros nomes que se vem à mente são aquelas internacionais como Tiffany & Co, Harry Winston, Cartier, Bvlgari e por aí vai. Já no território nacional, diversas marcas também ganham grande destaque, como Carla Amorim, H.Stern e Vivara.
Confira abaixo quatro joias de marcas de luxo para investir no Black Month do Etiqueta Única:
04. Bulgari
A Bvlgari é uma marca italiana que foi fundada pelo grego Sotirio Voulgaris em 1884.
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A história da marca começou em meados do século 19 quando Sotirio, que era descendente de família grega e trabalhava fazendo escultura em peças e objetos de prata e ferro no vilarejo de Paramythia, imigrou para Itália com um amigo, o macedônio Sotirios Demetrios Kremos. Em 1884, Sotirio Voulgaris abriu sua primeira loja em Roma, onde vendia pulseiras, cinturões e pequenas jóias.
Algum tempo depois, Sotirio voltou para Grécia para se casar, e, quando retornou a Itália, viu seu negócio prosperar e tornou-se um famoso ourives no país. Seus primeiros clientes de grande destaque foram a filha de Benito Mussolini e seu marido, o Conde Ciano.
Em 1894, seu sobrenome, agora Bulgari, apareceu pela primeira vez na fachada de sua loja. No próximo ano, a marca abriu outras lojas em diversas cidades da Itália.
Em 1905, com a ajuda de seus dois filhos, Constantino e Giorgio, a marca abriu uma nova loja na Via Condotti, com intuito de atrair turistas americanos e britânicos que passavam por ali e, até os dias atuais, é a principal loja da marca no mundo.
Foi durante as duas primeiras décadas do século que a Bvlgari entrou para o grupo de grandes grifes internacionais e de luxo com a apresentação de um par de brincos criado por Constantino Bulgari em estilo Art Deco feito com diamantes, safiras, rubis e esmeraldas que especialmente criado para a exposição Internacional de Artes e Joalheria em Paris em 1925.
Ainda na década de 1920, a clientela da Bvlgari começava a se tornar internacional e a marca começou a exibir em sua vitrine da loja na Via Condotti displays que davam ênfase em suas jóias, as destacando como obras de arte.
Ao longo das décadas, a Bvlgari se destacava com suas criações com o estilo próprio, fugindo dos padrões franceses de confecções de jóias e com inspiração no classicismo grego e romano e com toque da renascença italiana , em diversos formatos e utilizando diferentes pedras, como rubis, esmeraldas e safiras em diversas combinações de cores.
Além de ter grande clientela internacional, a marca podia e ainda pode ser vista em membros das mais nobres famílias européias e grandes nomes do cinema, como Sophia Loren, Grace Kelly, Audrey Hepburn, Ingrid Bergman, Susan Sarandon e Nicole Kidman.
A marca hoje é uma das mais tradicionais no ramo de jóias e é sinônimo de excelência, beleza, sofisticação, design atemporal e ao mesmo tempo moderno e luxo.
03. H.Stern
A HStern é uma das joalherias mais conhecidas e aclamadas do território nacional. Sua história começou com Hans Stern, que nasceu em 1922 na cidade de Essen na Alemanha. Cego só começou a enxergar, com o olho direito, apenas aos dois anos de idade. Quando tinha 16 anos, em 1939, fugiu da Alemanha nazista e desembarcou no Rio de Janeiro.
Aos 22 anos, trabalhava como datilógrafo em uma empresa de importação e exportação de minerais. Durante uma viagem para Minas Gerais, ele conheceu as pedras brasileiras e, fascinado, as trouxe para a então capital, Rio de Janeiro, e as vendeu para estrangeiros. Dali em diante, todos passaram a conhecer as águas-marinhas, turmalinas, ametistas e citrinos. Poucos anos mais tarde, em 1945, o jovem empreendedor, após vender um acordeão Hohner por US$ 200, abriu a HStern (durante anos escrita com ponto) em um pequeno sobrado na Rua Gonçalves Dias, em frente à tradicional Confeitaria Colombo.
Inicialmente, comprava e vendia apenas pedras preciosas. Enquanto a maioria dos joalheiros lapidava rubis, safiras e esmeraldas, ele se aventurava pelos garimpos do sertão brasileiro viajando sobre lombo de burro em busca das ametistas, topázios, turmalinas e águas-marinhas nacionais. Lapidação de pedras preciosas e fabricação de joias passaram a fazer parte do negócio da HStern logo a seguir, com a instalação da primeira oficina de ourivesaria.
Insatisfeito com o padrão de qualidade de lapidação e ourivesaria, Hans chamou artesãos europeus para trabalhar na sua empresa. Preocupado com a qualidade, criou, em 1947, um Certificado de Garantia Internacional que estabelecia a autenticidade e qualidade de cada material precioso utilizado na confecção da peça adquirida. O Certificado de Garantia, entregue até hoje a cada cliente da marca, assegura ainda o direito aos serviços de manutenção como limpeza e polimento da joia em todas as lojas H.Stern ao redor do mundo.
A primeira loja em solo carioca foi inaugurada em 1949, sendo localizada no salão de desembarque onde atracavam navios de cruzeiros de luxo vindos da Europa e dos Estados Unidos, geralmente cheios de turistas, foi estratégico e determinante para o sucesso inicial de sua empreitada. A jogada de marketing naquele tempo era mostrar aos turistas como as joias eram produzidas. Logo depois inaugurou outra loja dentro do hotel Quitandinha em Petrópolis.
Nos próximos anos, a HStern continuou a crescer e se tornar popular, principalmente com os turistas estrangeiros. Em 1958, foi a primeira joalheria da América Latina a montar um laboratório gemológico para analisar pedras preciosas e metais nobres, e pesquisar novas matérias-primas. Por ali passam até hoje todas as pedras preciosas usadas pela empresa, que seguem os critérios de classificação do respeitado GIA, o Gemological Institute of America, garantindo assim a qualidade inquestionável de cada uma delas. Na década de 1960, o design HStern já era referência, não somente no Brasil, como também no mundo. Reis e rainhas, artistas e um sem-número de celebridades visitavam a matriz da HStern, no Rio de Janeiro.
A marca expandiu internacionalmente ainda na década de 1960, e não parou de crescer desde então. Suas joias materializam sonhos e emoções, é sinônimo de beleza e bom gosto no Rio de Janeiro, em São Paulo, Nova York, Paris, Frankfurt, Xangai, Tel Aviv e em outras importantes cidades ao redor do mundo. Ao longo de mais de sete décadas, a marca se consolidou como uma joalheria de enorme prestígio no segmento de alto luxo.
02. Carla Amorim
Carla Amorim nasceu na cidade de Brasília, no Distrito Federal, e começou sua trajetória no mundo das joias no ano de 1993.
Antes de se tornar designer de joias, Carla era funcionária pública. Foi no ano de 1992, quando foi rezar com seu grupo de oração (a brasiliense é uma Católica fervorosa desde seus 15 anos, indo à missa frequentemente), que sentiu uma sensação forte e diferente durante as preces naquele dia. “Senti a presença de Deus muito claramente e então abri a Bíblia. Caiu no profeta Isaías, num trecho que fala sobre uma nova obra,” contou ela em uma entrevista para a Istoé Gente.
Sem entender o recado imediatamente, Carla passou vários dias intrigada e, quando cruzou com um amigo, ele ficou encantado com o anel em seu dedo, uma jóia que ela mesma tinha desenhado.“Ele teve uma reação fora do normal e me chamou atenção. Aí caiu a ficha. As jóias que eu desenhava por hobby eram a única coisa que eu fazia que verdadeiramente encantava as pessoas,” contou ela para a Istoé.
Com 27 anos de idade na época, a designer nunca havia pensado em transformar seu hobby (o qual ela praticava desde seus 16 anos onde desenhava as próprias joias e mandava fabricar) em negócio. Antes de abrir sua própria marca, Carla foi professora de inglês, fez traduções e ingressou na carreira pública, trabalhando em um banco.
Foi então em 1993, após a inspiração da Bíblia, pegou seu salário do banco e um pouco emprestado de seu pai (que é empresário) e desmanchou todas as suas joias e fabricou 8 peças, dentre elas anéis e brincos, as quais vendeu em menos de um mês. Com o dinheiro dos modelos vendidos e um pouco mais do pai, Carla criou 16 novos exemplares e vendeu todos.
Seu trabalho criativo é baseado em um tripé: a natureza em todas as suas formas, a arquitetura de Brasília com as linhas geniais de Oscar Niemeyer e sua religiosidade. Com dez anos de trajetória, Carla e sua irmã e sócia, Kelly, conseguiram montar seis lojas próprias nas principais capitais do Brasil. As joias da brasiliense não conquistaram apenas as consumidoras brasileiras, em 2002, a marca montou seu primeiro showroom em Paris e no ano seguinte já estavam vendendo nas icônicas lojas de departamentos Bergdorf Goodman em Nova Iorque, na Barney’s em Beverly Hills e na Bon Marché em Paris.
Atualmente, a marca ainda possui seis lojas próprias nas principais cidades do Brasil, incluindo duas na cidade de São Paulo, além de seu e-commerce online. Também está presente em 15 países ao redor do mundo, como Estados Unidos, Emirados Árabes Unidos, Rússia, Cazaquistão, Inglaterra, dentre outros.
01. Tiffany & Co
Tiffany & Co é uma marca americana que foi fundada por Charles Lewis Tiffany e John B. Young em Nova Iorque em 1837.
A loja, que em um primeiro momento teve o nome de Tiffany, Young & Ellis , tinha seu endereço na 259 Broadway e rapidamente se tornou um sucesso entre mulheres fashionistas que procuravam jóias e relógios com um estilo Americano puro que representava uma distinta mudança da opulência associada com a Era Vitoriana.
Com passar do tempo, a Tiffany se tornou referência em diamantes quando Charles Lewis Tiffany comprava as pedras de aristocratas europeus e as trazia para os Estados Unidos e a elite americana tinha a oportunidade de comprar grandes jóias em casa.
Em 1845, a marca publicou seu primeiro catálogo, que hoje em dia é chamado de The Blue Book, com seus melhores produtos e foi o primeiro do tipo a ser distribuído nos Estados Unidos. Em 1851, a marca se tornou a primeira empresa no país a trabalhar com o padrão de prata de lei 0,925.
Começou a ganhar grande reconhecimento internacional quando, em 1867, ganhou o grande prêmio em maestria em prata na Paris’ World Fair. A marca também esteve nos holofotes em 1878 quando adquiriu um dos maiores e melhores diamantes amarelos do mundo. Extraído da mina de diamantes Kimberly na África do Sul, o diamante foi cortado de 287.42 carats para 128.54 carats com 82 facetas e foi nomeado Tiffany Diamond.
Ao longo dos anos a Tiffany & Co uma das joalherias mais conhecidas e tradicionais existentes, seu azul característico e sua caixinha se tornaram objeto de desejo de muitas mulheres ao redor do mundo. A marca apareceu em diversos filmes do cinema, sendo o filme “Bonequinha de Luxo” (Breakfast at Tiffany’s em inglês) a mais conhecida.
Atualmente, a marca vem apostando em campanhas publicitárias divertidas e criativas, que sempre evidenciam a tradição da Tiffany&Co, sua maestria na criação de jóias, e claro, o famoso Azul Tiffany.
Estas são apenas algumas das principais marcas de joias de luxo para investir durante o Black Month do Etiqueta Única! Qual delas é a sua preferida?