Yan Acioli é um dos maiores stylists do Brasil, e com uma carreira consolidada no mundo da moda, chega ao Etiqueta Única como Head of Luxury para dar início à uma nova fase da empresa.
Trazendo sua expertise de quase 20 anos de atuação no mercado de moda e no mundo do carnaval, que sempre foi seu sonho de infância.
Yan chega ao EÚ com o objetivo de fortalecer a comunicação sobre a importância da moda circular, principalmente no universo do luxo.
Aproveitamos para bater um papo sobre a sua trajetória e seu relacionamento com o second hand. Confira já!.
Eu sempre gostei de moda, mas o meu sonho como criança era ser cirurgião plástico. Só que esse sonho só durou até o dia que eu descobri que, para ser cirurgião plástico, eu tinha uma matéria que era anatomia, e eu não queria estudar cadáveres. Aí eu desisti de ser cirurgião plástico e fiz um curso de publicidade.
Mas a moda sempre presente na minha vida, sempre gostei muito de moda e aí no curso de publicidade eu tive duas certezas: que eu não queria ser publicitário, mas que eu queria associar a publicidade com moda, eu acho que eu faço muito isso.Porque, publicidade é briefing, né?E o personal styling, nada mais é do que respeitar diariamente o briefing da pessoa que eu estou atendendo.
Eu tinha um amigo fotógrafo em Brasília, o Geraldo, nós faziamos correspondência para um site que tinha na época , chamado BRTurbo. Ele tinha uma sessão de moda, aí fotografavamos em Brasília semanalmente e mandavamos para esse site. Essa foi a minha primeira experiência como personal stylist.
Foto 1: Reprodução/Revista Quem
Todos os looks são muito desafiadores, né? Então, eu trabalhei com muitas mulheres no Carnaval.Você subir num trio elétrico ou você vir na frente de uma bateria de escola de samba… É muito desafiador, porque primeiro tem que ser inovador principalmente, e segundo, porque tem que ser confortável.
Reprodução/Instagram @julianapaes
As minhas marcas favoritas no momento, eu acho que são as minhas marcas favoritas há muito tempo. Em primeiríssimo lugar, Ralph Lauren. Eu amo o conceito de você vender um estilo que transcende a roupa; e a política da Ralph Lauren.
Mas eu tenho muita influência do Tom Ford, tanto do momento que ele era da Gucci no início dos anos 2000, que ele era diretor criativo da Gucci. Gosto do Tom Ford também hoje em dia. Amo Saint Laurent. Gosto muito da alegria de viver da Dolce & Gabbana.
Se eu for falar da minha marca favorita profissionalmente, com certeza seria Thierry Mugler. Eu amo, amo o legado do Mugler, as roupas/fantasias.
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Eu acho que moda circular é o que há de mais bacana no momento. É uma questão que todo mundo deveria se atentar, principalmente as pessoas que gostam de moda.
A moda circular é fundamental para o fashionista. Você entender que você encontra peças raras, que você encontra peças que não tem mais nas lojas, você entender que você pode se desfazer de uma peça, que alguém está desesperado por ela ou vice-versa, que você pode conseguir alguma coisa que você está querendo muito.
Acho que é uma tendência que já é muito mais explorada mundo afora do que no Brasil. E eu fico muito feliz de fazer parte do Etiqueta Única pela filosofia mas, principalmente, pelo acervo. No Brasil, a ideia do brechó ainda é muito relacionada a roupa velha, a roupa encardida, roupa rasgada e não é isso.
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Eu compro itens de second hand, eu já comprei várias peças para fazer pesquisa. Preciso confessar que eu não era muito adepto para mim, mas eu sempre comprei. Eu tenho algumas peças inclusive que eu já comprei em brechós fora do Brasil do Mugler.
Eu virei um adapto da moda circular há pouco tempo relativamente, quando eu comecei a comprar minhas bolsas. As minhas duas primeiras Birkins eu comprei em Second Hand, comprei no Etiqueta Única. E aí de lá para cá, eu comprei um monte de coisas, óculos, sapato, muita coisa.
Além desse bate papo, Yan estreou o na produção do Primeiro Editorial do Etiqueta Única.