INVESTIMENTOS

QUAIS MODELOS REALMENTE  DÃO RETORNO?

AS BOLSAS CONSIDERADAS

No cenário do luxo, poucas peças conseguem ultrapassar o rótulo de acessório para se tornar investimento de verdade. As bolsas de grife estão no topo dessa lista: modelos que resistem às tendências, preservam o valor de loja, muitas vezes, ainda ganham fôlego extra no mercado secundário.

São criações que atravessam gerações e se consolidam como ícones, disputadas por colecionadores e fashionistas que sabem que uma it-bag pode ser tão estratégica quanto uma joia de pedras preciosas.

Foto: Reprodução: Pinterest

A Hermès Birkin é o maior exemplo de como uma bolsa pode se transformar em um ativo financeiro. Criada em 1984, após um encontro casual entre a atriz Jane Birkin e Jean-Louis Dumas, então presidente da Hermès, a peça é feita à mão em um processo que pode levar até 48 horas.

O resultado é uma bolsa extremamente exclusiva, com listas de espera que podem durar anos. Não à toa, estudos de mercado apontam que a Birkin valorizou mais do que o ouro nas últimas três décadas.

Foto: Reprodução: Pinterest

Modelos raros, confeccionados em couro de crocodilo e finalizados com detalhes em diamantes, já alcançaram cifras acima de trezentos mil dólares em leilões internacionais, consolidando-a como um dos investimentos mais sólidos do universo da moda.

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PREÇO DO EÚ: R$ 105.000,00

Bolsa Tote Hermès Birkin Clemence 35 Rouge

Outro ícone da Hermès, a Kelly, nasceu em 1935, mas ganhou fama mundial nos anos 1950, quando a princesa Grace Kelly foi fotografada usando a peça para esconder a gravidez.

Mais estruturada que a Birkin e conhecida pelo fecho com duas correias, a Kelly é ainda mais rara em alguns mercados, o que aumenta seu potencial de valorização.

Na Chanel, dois modelos ocupam o posto de investimentos certeiros. A primeira é a Classic Flap, também chamada de 11.12, relançada por Karl Lagerfeld em 1983 a partir da 2.55 criada por Coco Chanel em 1955.

Reconhecida pelas correntes douradas entrelaçadas em couro e pelo fecho duplo “CC”, a bolsa sofre reajustes anuais de preço impostos pela própria maison, o que naturalmente impulsiona seu valor de revenda.

Já a 2.55, em sua versão Reissue, continua sendo peça histórica: foi a primeira bolsa feminina com alça de corrente, pensada para libertar as mãos das mulheres.

Hoje, exemplares vintage da 2.55 são disputados por colecionadores e alcançam valores altos em plataformas de revenda.

Entre os modelos da Dior, a Lady Dior merece destaque. Criada em 1994 com o nome Chou Chou e eternizada no braço da princesa Diana no ano seguinte, a bolsa rapidamente ganhou o apelido de Lady Dior.

O design estruturado, os charms metálicos e o quilting em padrão cannage a tornaram símbolo absoluto da maison.

Edições limitadas, como as lançadas na série Dior Lady Art, em que artistas convidados reinterpretam o modelo, são extremamente valorizadas no mercado secundário e fazem da Lady Dior uma aposta segura para quem busca um investimento de moda.

TOP 3 bolsas lady dior favoritas do etiqueta única

Bolsa Tote Christian Dior Mini Lady Dior Croco Cereja

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Bolsa Tote Christian Dior Dioramour My ABCDior Lady Dior Lambskin Cannage Cinza

Bolsa Tote Christian Dior KaleiDiorscopic Lady Dior Denim Azul

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A Louis Vuitton também tem sua representante no ranking das bolsas que são consideradas investimentos: a Neverfull. Lançada em 2007, o modelo tornou-se um dos mais vendidos da grife francesa pela combinação de praticidade e estilo.

Sempre alvo de reajustes de preço e constantemente procurada, a LV Neverfull é uma das bolsas mais fáceis de revender, garantindo liquidez no mercado de segunda mão.

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Entre as italianas, a Gucci Jackie é um caso emblemático. Criada nos anos 1960, a bolsa ganhou esse nome depois que Jackie Kennedy foi fotografada usando-a repetidas vezes.

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Desde então, foi relançada em diferentes versões, inclusive sob a direção de Alessandro Michele e Sabato de Sarno, e provavelmente ganhará agora, um toque de Demna, atual diretor criativo da grife.

As edições vintage, especialmente as dos anos 70, são valorizadas por colecionadores e carregam o peso cultural de uma das primeiras bolsas associadas a uma celebridade internacional.

Outro exemplo de valorização vem da Fendi Baguette. Lançada em 1997 por Silvia Venturini Fendi, a peça se tornou um fenômeno cultural nos anos 2000, muito graças à personagem Carrie Bradshaw, de Sex and the City.

Conhecida como a primeira “it bag” da história, a Baguette possui centenas de versões, incluindo edições bordadas à mão que hoje são consideradas raridades e podem valer três vezes o preço original em plataformas de revenda.

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A Dior Saddle, criada por John Galliano em 1999, também entrou para a lista das bolsas que se transformaram em investimento.

Inspirada em uma sela de cavalo, a peça virou um ícone dos anos 2000 e ressurgiu em 2018 sob o comando de Maria Grazia Chiuri. Hoje, os modelos originais assinados por Galliano são considerados itens de colecionador e podem alcançar valores muito superiores aos praticados à época do lançamento.

Por fim, a Goyard Saint Louis merece menção especial. O modelo é famoso pela produção em escala reduzida da maison francesa fundada em 1853. A exclusividade — já que a marca não vende online e tem distribuição limitada — faz com que a it-bag seja uma aposta segura para quem busca liquidez e exclusividade no mercado de bolsas de luxo.

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